segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Dependência Afetiva no caso Camille Claudel e Rodin





O Caso Camille Claudel e  Rodin

"Alguns amores nos ensinam eternidades. (Mas) em poucos segundos entendi que, em mim, as suas não ficariam. Você não foi feito pra ficar. Você é vento. Vento que murmura. Vento que mistura. Vento que deixa. Você é o beco mais difícil do meu poema. Poema com saída. Não aprendi o ponto que te finaliza. Acendo uns atalhos. Te abrigo nas asas desse abraço. Te escrevo alguma liberdade. Tua ausência é o meu mormaço. Danço pra te ver nascer" Priscila Rôde
A força e a grandiosidade do talento de Camille Claudel estavam na verdade em um lugar muito incômodo: entre a figura legendária de Rodin e a de seu irmão que se tornou um dos maiores expoentes da literatura de sua geração. E não é difícil ler que as questões de gênero permeiam esse lugar menor dedicado a Camille.Seu gênio sufocado por dois gigantes, sua vida sufocada por um abandono, suas forças e sua lucidez esgotadas por uma relação umbilical com seu mestre e amante. Uma relação da qual não conseguiu desvencilhar-se, consumindo sua vitalidade na vã tentativa de desembaraçar-se desse destino perverso. Camille Claudel, sua fortepersonalidade, sua intransigência, seu gênio criativo que ultrapassou a compreensão de sua época, como afirma o personagem de Eugène Blot no filme, permanecerá ainda e sempre um Sumo Mistério." Por iniciativa de seu irmão mais novo, é internada em um manicômio, onde passou seus últimos 30 anos, morrendo em 1943, com 78 anos. 
Obra de Camille Claudel. (08/12/1864 – 19/10/1943)
Sakountala ou L'Abandon. 
Escultora francesa de uma sensibilidade fora do comum, que produziu obras de incomparável beleza e delicadeza.
Com apenas 17 anos, Camille conhece um dos maiores artistas de seu tempo, Auguste Rodin, de quem se tornou assistente, musa e amante. Depois de 15 anos de relacionamento, ela rompe o romance e seu sofrimento psíquico se acelera. Camille decide deixar Rodin. Em 1898 rompem definitivamente o romance, e passa a morar em seu estúdio, passando por problemas financeiros e psicológicos, ela acreditava que havia um complô de Rodin contra ela. Depois de 1906 ela destrói tudo que esculpe, joga no rio Senna ou enterra, acredita que Rodin a persegue e quer destruí-la. Após a morte de seu pai, sua família arranjou uma certidão médica (ela foi diagnosticada como portadora de delírio paranóico), e Camille foi levada à força para um hospício, onde passou os últimos 30 anos de sua vida e jamais voltou a esculpir. Camille Claudel morreu em Paris, 19 de outubro de 1943. ”
Essa fase da vida de ambos é marcada por obras de intensa .Essa relação foi marcada por sofrimento e abandono , a qual pode ser entendida como uma dependência afetiva e ouso dizer que era como um um tamponamento de sua, sofrimento e vazio. O abandono é um sentimento que pode remeter a fases mais primitivas de uma vida pessoa.Lembro-me de uma frase de Livia Garcia Roza que diz:: " Não sei se nos curamos do sentimento de abandono."
Camille Claudel, tinha uma personalidade forte e , sua intransigência, seu gênio criativo ultrapassou a compreensão de sua época, permanecerá ainda e sempre em um Sumo Mistério. Camille acaba internada em um manicômio, onde passou seus últimos 30 anos, morrendo em 1943, com 78 anos. . Elizabeth da Rocha Miranda , In: "Camille Claudel : "A arte de ser mulher" relata que ela morreu deixando uma frase que pode representar o inominável de sua "falta a ser ". Canille deixa escrito: "Há sempre algo de uma ausência que me inquieta." 
Em um trecho de Carmen Silvia Cervelatti ,ela explica um pouco o fenômeno desta falta a que se refere Camille .Carmen diz “Da posição de não-toda, a demanda de amor (que tem potência de infinitude) é endereçada ao Outro barrado e retorna ao parceiro feminino como devastação, porque este lugar é um lugar não cerceado, não há limite, tende ao infinito. O parceiro-sintoma da mulher torna-se, assim, o parceiro-devastação(...) A criação artística revela o impossível de dizer, ou seja , a relação com o vazio do Outro, com o furo, que tanto o artista quanto o feminino podem experienciar e dar testemunho dele(...) A força e a grandiosidade do talento de Camille Claudel estavam na verdade em um lugar muito incômodo: entre a figura legendária de Rodin e a de seu irmão que se tornou um dos maiores expoentes da literatura de sua geração. Camille Claudel Mais tarde, ela torna-se amante do mestre e cai em desgraça perante a sociedade parisiense. Após 15 anos de relacionamento, ela rompe o romance e mergulha cada vez mais na loucura e na solidão. E não é difícil ler que as questões de gênero permeiam esse lugar menor dedicado a Camille. Seu gênio sufocado por dois gigantes, sua vida sufocada por um abandono, suas forças e sua lucidez esgotadas por uma relação umbilical com seu mestre e amante. Uma relação da qual não conseguiu desvencilhar-se, consumindo sua vitalidade na vã tentativa de desembaraçar-se desse destino perverso.[2]  

"Uma pessoa é dependente afetivamente quando sua autonomia está prejudicada, quando precisa de algo ou alguém para sentir-se segura e tranquila, nas mais diferentes decisões em sua vida, desde as mais simples como que roupa vai usar, ou, até as mais difíceis, como que profissão escolher, se muda de emprego ou não, se continua namorando ou não, se casa ou não, enfim, em diversas situações.
Todos precisamos de uma opinião, em algum momento, a diferença está quando você depende realmente dessa opinião e não consegue seguir o seu objetivo se não for aprovado.
A dependência entra na vida da pessoa como uma muleta, para ser amparada, ocupa um espaço vazio. Ela pode ser de uma pessoa específica, para lhe dizer o que precisa ser feito ou uma droga, um vicio, uma atitude de carinho excessiva.
Na verdade essas pessoas ou objetos tem uma única função para o dependente afetivo, dar a sensação de segurança que precisa para suportar problemas, tensões e dificuldades pessoais ou sociais. A questão é que a segurança não está nas relações que fazemos, não é algo que vem de fora é algo que existe ou não dentro de nós. Nossa segurança e autoestima são os reguladores de nossa maturidade emocional, no caso do dependente emocional elas estão prejudicadas.
Nascemos dependentes e ao longo de nosso desenvolvimento humano nos tornamos independentes, o vinculo criado entre os pais, vai dando lugar ao aprendizado e o crescimento emocional, quando isso não acontece o indivíduo se torna dependente emocional da mãe, cônjuge, amigos ou qualquer pessoa que possa suprir este vazio. Levy Moreno diz, que toda a saúde e doença emocional nasce nas relações, ou seja são aprendidas durante o desenvolvimento através dos modelos que recebemos, primeiro por nossa família de origem, em segundo através das demais relações que vivenciamos durante a vida.
Aprendemos a nos relacionar com o mundo pelas regras que recebemos em nossa família. A dependência afetiva , muitas vezes nasce e é sustentada por problemas no sistema familiar, pelos conflitos pessoais.Ninguém é dependente sozinho, DEPENDÊNCIA AFETIVA é uma via de mão dupla, se uma criança é dependente afetivamente da mãe, com certeza a mãe também o é, ambos alimentam essa relação.A família é quem estimula e acredita em seu potencial ajudando-a a ter a certeza que conseguirá superar suas dificuldades. Dessa relação, nasce a auto estima e a sensação de segurança pessoal.
Todo o ser humano nasce com uma capacidade de cuidar de si, um potencial que precisa ser estimulado, se não recebe este estímulo torna-se dependente. Na prática acabam por não confiarem em si mesmas e em seu valor pessoal, deixam de oferecer o seu melhor na vida, no trabalho e em seus relacionamentos.Quando crianças aprendemos com nossos pais a termos responsabilidades e a superar frustrações, isto é realizado através dos limites e das responsabilidades impostas por eles, uma falha neste processo, podemos modificar nossa condição inata."[1]

Deixo com vocês uma vídeo lindo sobre as obras Rodin
Musee Rodin, Paris - the best online documentary

Sugiro outro artigo  sobre Sofrimento Psíquico e suas manifestações na Arte: 
 uma outra leitura mais completa sobre  "Amor ou Dependência Afetiva" : http://psicologiareflexaobrunet.blogspot.com.br/2015/08/dependencia-afetiva-ou-amor.html

Fonte :
[1] http://psicofaces.com/2015/04/14/dependencia-afetiva/
[2]http://artepsihefzibabrunet.blogspot.com.br/2013/12/sofrimento-psiquico.html

sábado, 29 de agosto de 2015

U2 e Fotografia de Matt Mahurin,


U2 abandona a cor no Vídeo clip da música 'Song for Someone'

Fotografia de Matt Mahurin, 

"Os primeiros dois vídeos da canção do U2 Songs of Innocence foram embebidas em cor, mas a " Song For Someone " troca a cores vivas por imagens em preto-e-branco de paisagens e "Bono performing".
A Fotografia de de Matt Mahurin, que já trabalhou com o U2 em 1993 na canção "Love Is Blindness", dirigiindo o vídeo, Bono, porém, é o único membro da banda que realmente aparece no vídeo - sua performance é em um cenário de nuvens em movimento, foram filmadas em Malibu no início de 2015." 
ARIANA BACLE

Assista ao vídeo, que estreou exclusivamente no Facebook quinta-feira, abaixo."[1]
Larry New jersey 1985 Matt Mahurin

A tradução da letra da música [2]


"Você tem um rosto que não foi estragado pela beleza .
Eu tenho algumas cicatrizes de onde estive
Você tem olhos que podem ver através de mim
Você não tem medo de nada que  já viu 
Foi-me dito que eu não iria sentir nada pela primeira vez
Eu não sei como esses cortes se curam
Mas em você eu encontrei uma rima
Se existe uma luz que nem sempre  você  pode  ver
E há um mundo  onde  não podemos sempre estar
Ma se  uma escuridão  chegar não devemos duvidar
E há uma luz e não deixemo-na apagar
E esta é uma canção  para alguém
Você me deixa em uma conversa  que só nós poderíamos ter
Você invade minha imaginação , e que quer que esteja lá dentro
É seu para pegar.
Me disseram que eu não sentiria nada da primeira vez
Mas  demorou para cicatrizar..."


Fotografia de Matt Mahurin, 


Referências:

[1]BY ARIANA BACLE •  http://www.ew.com/article/2015/08/27/u2-music-video-song-someone
[2] http://www.vagalume.com.br/u2/song-for-someone-traducao.html#ixzz3kE1TEsr0

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Filme O Piano Completo Legendado

Esse Obscuro Objeto de Desejo

Por Leila Oliveira

Certamente, um belo filme de Buñuel, que revela toda a sua relação com o movimento surrealista. O movimento formado por artistas que propunham uma maneira diferente de ver o mundo, uma vanguarda artística que transcende a arte. Uma ampliação da consciência, uma liberdade de expressão, sem exigência da lógica e da razão, assim, como o mundo dos sonhos.
No sonho, sabemos, é a satisfação de desejo embora o desejo só se realiza e não poucas vezes, ás custas do próprio eu. Ele irrompe, chega sem avisar, nos surpreende e entra sem ser convidado. As formações do inconsciente, como os atos falhos, sonhos, lapsos, sintomas, são paradigmas freudianos que nos ensinam sobre o caráter essencial do desejo. Mas que desejo é esse, de Mathieu e Conchita?
Buñuel constrói e desconstrói, na ficção, um dos mecanismos mais caros da teoria de Freud. Vamos então, á nossa viagem de trem para Sevilha construindo as cenas.
No trem, um comportamento inesperado do protagonista, chama a atenção de seus amigos de viagem, e ele procura explica-lo, narrando os motivos que o levaram a tal ato, aparentemente, sem a menor censura.

Mathieu, um homem de meia idade, burguês e solitário, se apaixona desesperadamente por Conchita, uma jovem de 18 anos, meiga, doce, insolente e virgem.
E então se faz aparecer um jogo erótico, de pura sedução, onde pode se perguntar: o que quer a mulher? Qual o desejo de Conchita? E Mathieu, o que espera da mulher? Ele espera que ela lhe dê o que lhe pede, o objeto sexual.
Ele fica siderado por essa mulher, de um certo desejo, desejo do ato sexual.
Mas, Conchita oferece a Mathieu, apenas partes de seu corpo para que ele goze .”Assim, como a histérica, quer deixar insatisfeito o gozo do outro, quer um “mais-ser”, ser alguma coisa para o outro, não um objeto de gozo, mas um objeto precioso que vá sustentar o desejo e o amor. (Colette Soler)
“Se eu lhe der o que me pede, não vai me querer mais”. Ela quer o amor.
Freud em Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, diz que: “O que se coloca em lugar do objeto sexual é alguma parte do corpo (tal como o pé, ou os cabelos) que é, em geral, muito inapropriada para finalidades sexuais”. E, Conchita oferece a Mathieu, apenas partes de seu corpo para que ele goze.
Como explicar a atração entre os sexos se existe apenas as pulsões parciais?
Bem, sabemos que as pulsões parciais em si, ignoram a diferença sexual. A orientação do desejo sexuado, é que é passível de ser explicado.
Colette Soler, em seu livro, “O que Lacan dizia das mulheres” pergunta: Como explicar a relação sexual? O que é uma norma heterossexual? Se o macho não basta para constituir o homem, nem a fêmea, a mulher?
Podemos tentar responder então, a partir do Édipo e da descoberta do inconsciente.
“Freud descobriu que, no inconsciente, a diferença anatômica é transformada em significante : ter o falo. E a partir do Édipo, responde a esta pergunta: como pode um homem amar sexualmente uma mulher? Através da renuncia ao objeto primordial, a mãe, e ao gozo referido a ela e através da castração do gozo. Já do lado feminino Freud reconheceu o fracasso de suas tentativas de explicar e daí surgiu o seu famoso: ”que quer a mulher? E conclui que o édipo produz o homem, não produz a mulher”.

Conchita nos demonstra em vários momentos, essa posição de ter e não ter o falo. Ela oscila entre a “Mulher Pobre” que é “aquela que é desprovida de todos os objetos da serie fálica”, mas rica de outros bens, (boa filha, meiga, virgem) que como diz Lacan: nada pede á fantasia do homem. Ela não está preocupada em satisfazer as fantasias, o desejo deMathieu. Conchita pobre de amor, mas rica de outra coisa que é o gozo. E entre a “mulher abstinente”, que é aquela mulher que renuncia a sexualidade, permanecendo “virgem”, e a relação com o gozo do outro, fica indeterminada.
Ela quer apenas gozar na sedução. Serei sua amante. - Quando? Hoje? -Não, depois de amanhã. Em outro momento, ele pede:- Beije-me, ela não permite, diz:- depois. E adia mais uma vez, a se entregar como objeto causa de um desejo.
A quem são endereçadas as perguntas de Mathieu, então? Podemos dizer que á fantasia, á imagem e ao objeto
Conchita não fez a travessia para o feminino, ela recusa a verificar-se numa posição subjetiva da castração. Ser “castrada”, é, de onde parte a feminilidade da mulher que é aquela cuja falta fálica a incita a voltar para o amor de um homem. Primeiro o pai, depois o marido..
“Ao se descobrir privada do pênis, a menina torna-se mulher quando espera o falo- ou seja, o pênis simbolizado daquele que o tem” C.Soler.
Mas deixa seu rastro, embora, não quer saber de nada disso. E Mathieu sempre a encontra, obsessivamente, e ela, sempre recua frente ao seu pedido.
Bem, se olharmos o que acontece nas cenas em que Conchita faz jogo da separação/retorno, presença/ausência, podemos pensar em Freud, em Além do Principio do Prazer, onde aponta a brincadeira do fort-da.
Desenvolvida por uma criança, que fazia desaparecer e aparecer o objeto, um brinquedo, que significava o “ trazer de volta, a mãe”
A criança antecipava a satisfação de um desejo- a mãe poderia estar ausente sem fazer grandes reboliços.
Jogar fora um objeto e trazê-lo de volta, era o que Conchita fazia em sua fantasia de satisfação. O mesmo mecanismo controlador, ilustrando uma ausência a ser buscada por Mathieu. Volta para ele, pra não ter a presença negada e assim continuar o jogo de gato e rato, prazerosamente controlando a situação com promessas que faz e não cumpre.
Investe em uma sensualidade infantil, fala de seus princípios, de seus valores, tendo a mãe como sua aliada, ao mesmo tempo apresenta uma liberdade estranha, dança em cabaré nua para os homens, aceita certas caricias de Mathieu.
Com essa posição, não querendo mais ser criança, mas também não querendo ser adulta, que é uma conveniência, para manter um outro jogo, que é o “negocio amoroso”, Mathieu passa a ser mais um “tesouro” que a fascina do que um objeto de amor a ser possuído. E esse se coloca nesse lugar.
O filme, rico em detalhes e enigmas, como por exemplo: a ratoeira em uma casa de classe alta, mosca no copo, um saco que eventualmente Matthieu carrega nas costas, são detalhes que sugerem uma outra narrativa, um outro momento do filme. As cenas de explosões e de terrorismo, sugerindo um suposto envolvimento de Conchita, mas que parece passar despercebido a Mathieu, são apenas sugeridas, indiciadas sem nenhuma explicação. Ou quem sabe, o explosivo movimento do desejo?
E no final, uma mulher dentro de uma vitrine, tira de um saco, varias camisolas, talvez simbolizando as recusas de Conchita, sugere o mesmo saco que Mathieu carregava, começa a remendar uma camisola suja de sangue. O desejo do ato sexual consumado? Pega suas memórias, suas bagagens, seus desejos e constrói a historia, ou repete a história?
Belo Horizonte, 06/04/2013
link para assistir o filme completo: http://vimeo.com/35092020

Leila de Oliveira é psicanalista, membro da Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano- BH /MG
Fonte : http://cinefreudiano.blogspot.com.br/2013/05/esse-obscuro-objeto-do-desejo.html?spref=fb

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Lauro Pedraza, Santiago,

Que vista al cerro de la silla "~ fuelóleo em mdf alla prima cm 73,7 × 92,1 cm-Lauro Pedraza, Santiago, n. L., México.O desafio de Lauro, segundo ele, foi pintar esta foto em não mais de 20 minutos.
"Desde a aurora aponta no horizonte atacando o reino da sombra fazendo guerra
Não há cimeira como você que o sol trasmonte,Tu és a mais bela entre as cimeiras da Serra.! Não há outro como você, tão belo monte, Em todos os confins da terra!
De sua saia, à sua vértice bifonte,Toda a gama de cor se encerra.Azul, dissolvido em nevoeiro, na manhã;Violeta, ao entrar nas nuvens você obscureces; Verde Esmeralda, em claras tardes. Ou manchado, ao ocaso, de prata.
Deslumbras, reverberas, incandesces, E o incêndio das nuvens, ardes. "
Cerro da cadeira, Francisco de Paula Morais (Monterrey, n.l. 1873-México, d-F-1942)
Lauro Pedraza, 

domingo, 23 de agosto de 2015

Obras de Frida Kahlo chegam ao Brasil para exposição em setembro



Por Camila Molina
Mostra traz a São Paulo, Rio e Brasília pinturas da artista mexicana e trabalhos de outras 15 surrealistas que viveram no México
O Estado de S. Paulo

Em sua viagem ao México, em 1938, o poeta francês André Breton ficou deslumbrado com as pinturas de uma, até então, desconhecida para o mundo das artes, Frida Kahlo. O líder do surrealismo na Europa não poderia imaginar que sua anfitriã no país latino-americano criasse obras tão repletas de símbolos – naquele ano, ela pintava Lo que el agua me ha dado, autorretrato no qual representou-se deitada em uma banheira de onde emergiam pequenas cenas, como memórias, sobre seu corpo (e dele o espectador pode ver apenas seus pés). Apesar do entusiasmo de Breton, que arranjou para Frida sua primeira exposição individual, na galeria de Julien Levy, em Nova York, a artista recusou o título de surrealista. “Não pinto sonhos e fantasias, pinto minha realidade”, ela teria dito.

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Entre tantas histórias formou-se o mito de Frida Kahlo (1907-1954) – ela gostava de afirmar, por exemplo, que havia nascido em 1910 para que a data coincidisse com a Revolução Mexicana. Por outro lado, a pintora estampou sua biografia nas obras. Abortos, traições do marido, o pintor Diego Rivera (1886-1957), a relação de dor com um corpo debilitado pela poliomielite contraída na infância e pelo acidente de ônibus que, anos depois, lhe causou lesões na coluna e no útero, são passagens representadas em seus quadros. Entretanto, com a inauguração, em 27 de setembro, da exposição Frida Kahlo – Conexões entre Mulheres Surrealistas no México, no Instituto Tomie Ohtake, o público poderá aproximar-se não apenas do universo da mexicana como também da vida e produção de outras 15 importantes criadoras.

Frida Kahlo no 'Autorretrato con Monos', de 1943
Frida Kahlo no 'Autorretrato con Monos', de 1943



Trata-se de um projeto de fôlego. Até o momento, estão confirmadas 19 pinturas e 13 obras sobre papel de Frida Kahlo para a mostra, que, em 2016, também será apresentada na Caixa Cultural do Rio (de 2 de fevereiro a 27 de março) e na Caixa Cultural de Brasília (de 12 de abril a 12 de junho). Orçada em R$ 9,5 milhões, a exposição traz, na verdade, uma centena de obras e promove a oportunidade de o Brasil receber trabalhos de surrealistas reconhecidas – mas não tanto populares – como Leonora Carrington, Remedios Varo, Maria Izquierdo e Lola Álvarez Bravo.


Foi justamente a relação – por vezes, inédita – de Frida com outras artistas que viveram em seu país a inspiração para a concepção da mostra. “Sabia-se que Alice Rahon chegou ao México por causa de Frida, mas apenas há pouco tempo encontramos a carta na qual ela diz que comprou os bilhetes imediatamente depois de ter conhecido a artista em Paris”, conta a curadora Teresa Arcq. A poeta, estilista e pintora francesa tornou-se, depois de amante, amiga próxima da mexicana por toda a vida. Elas se conheceram no fim da década de 1930 na França. “Alice tinha acabado de voltar da Índia e vestia saris indus quando encontrou Frida com seus trajes tehuana. Foi uma atração impressionante”. Curiosamente, ainda, as duas tiveram biografias muito parecidas.

Obra 'El Juglar' (1946), da poeta e pintora francesa Alice Rahon 
Obra 'El Juglar' (1946), da poeta e pintora francesa Alice Rahon 



“Alice teve pólio quando menina e também sofreu um acidente que fraturou sua bacia. Ela teve de ficar paralisada em uma cama por cerca de um ano, engessada como Frida, e foi nesse momento que começou a desenhar”, explica a historiadora. Mais ainda, continua Teresa, a francesa perdeu um filho pequeno e, desde então, nunca mais conseguiu engravidar. “Ela mancava porque tinha uma perna mais curta que a outra, como Frida”, completa. A tela Balada para Frida Kahlo (1956/66), pintada por Alice Rahon com a mesma tonalidade da famosa Casa Azul da mexicana, será a obra a encerrar o percurso da exposição.

Veja o especial: Conexões de Frida Kahlo

Mas é importante dizer que as conexões de Frida Kahlo com as outras surrealistas da mostra não ocorrem apenas no campo afetivo. A celebrada mexicana foi fundamental, por exemplo, para que a espanhola Remedios Varo (1908-1963) conseguisse exilar-se no México. “Não havia documento que pudesse comprovar a relação das duas, mas encontramos uma carta de Remedios de 1939 a Frida na qual ela pede ajuda para sair com o marido da Europa”, diz a curadora. A artista, assim, criou um comitê junto ao consulado de seu país e sensibilizou o diplomata Renato Leduc para a causa. Pouco tempo depois, ele chegou a se casar de fachada com a inglesa Leonora Carrington (1917-2011) para que ela pudesse se mudar para as mesmas terras.

Desde que os chamados “arquivos secretos” de Frida e Rivera foram abertos, em 2006, surgem novas pesquisas em torno dos artistas. Quando a pintora morreu, aos 47 anos, seu marido, único herdeiro, doou a Casa Azul e tudo o que estava nela para o governo mexicano, mas pediu que os álbuns com documentos e fotografias pertencentes ao casal ficassem fechados por até 15 anos depois de sua morte. A mecenas e amiga do muralista, Dolores Olmedo, entretanto, conservou os papéis longe do público por mais tempo. Segundo a historiadora Teresa Arcq, está sendo realizado agora um maciço projeto para a publicação de um livro com as correspondências dos dois pintores – e ela participa da empreitada.

DIÁLOGOS SIMBÓLICOS

Na exposição Frida Kahlo – Conexões entre Mulheres Surrealistas no México, que será inaugurada para o público em 27 de setembro no Instituto Tomie Ohtake de São Paulo, os sete autorretratos da mexicana revelam o máximo de seu universo simbólico. Em um deles, de 1943, a pintora retrata-se rodeada de pequenos macacos – e, como diz a curadora Teresa Arcq, os chimpanzés sempre representaram o erotismo na obra da artista. Outro, enigmático, El Abrazo de Amor del Universo, la Tierra (México). Diego, yo y el señor Xólotl, de 1949, ela carrega o marido, Rivera, nos braços e o “señor” da pintura é um cachorro xoloitzcuintle que, desprovido de pelos, é considerado “mágico” desde os astecas.

“O diálogo das artistas é temático”, explica Teresa sobre o conceito da mostra, formada por cerca de uma centena de trabalhos emprestados de 48 coleções privadas e particulares. A prática da autorrepresentação feminina entre as 16 surrealistas apresenta-se como uma questão importante – e numa sequência de obras de Frida, María Izquierdo, Rosa Rolanda, Remedios Varo e Leonora Carrington será possível comparar quão distinto pode ser o olhar de cada uma para si. Desse segmento, ainda, surge outra questão, conta a historiadora. Em uma litografia de 1930, Diego Rivera traça a mulher, Frida Kahlo, nua, como uma musa – o corpo sempre foi um território de conflito para a mexicana. “É um contraste de representações”, define Teresa.

'Roulotte' (1955), pintura da espanhola Remedios Varo
'Roulotte' (1955), pintura da espanhola Remedios Varo

O percurso da exposição, que também passará em 2016 pelas unidades da Caixa Cultural do Rio e de Brasília, vai, assim, costurando relações. Depois dos autorretratos, a natureza-morta é um gênero simbólico rico em referências e alegorias. 
“Flores, frutas e plantas são usadas para narrar segredos, histórias de amor, sofrimento e alusões a órgãos sexuais”, afirma a curadora. Ela conta que Frida e Rosa Rolanda (1895-1970), nascida nos EUA, rivalizavam não apenas no cultivo de espécies florais como também na cozinha. O ambiente doméstico, “espaço de criatividade”, destaca Teresa, era um importante local para reuniões de amigos e intelectuais na época.
Deve-se também ressaltar o tema do exílio como um dos pilares da mostra. Muitas das participantes de Frida Kahlo – Conexões entre Mulheres Surrealistas no México escolheram, afinal, viver no país latino-americano que, depois da Revolução Mexicana, em 1910, tornou-se um território de efervescência política e cultural.
Quando a artista Lenora Carrington pintou Artes 110, em 1942, ela representou uma mulher que se assemelha a uma bruxa a voar entre dois continentes. A obra pode representar algum temor, mas a Cidade do México tornou-se morada da inglesa até sua morte. Já outros, como o poeta André Breton, líder dos surrealistas, estiveram apenas de passagem. Na década de 1930, ele encontrou no local uma cena fascinante – e lançou, afinal, Frida para o mundo.

PRESTE ATENÇÃO...

1. Nos retratos de Frida Kahlo realizados por diferentes fotógrafos. Entre os mais conhecidos, estão os de Nickolas Muray (1892-1965). O húngaro, que emigrou para os EUA em 1913, foi um dos casos amorosos mais intensos de Frida. Na Cidade do México, o Museo Casa Estudio Diego Rivera y Frida Kahlo, abrigado no conjunto de casas modernistas projetadas em 1931 pelo arquiteto Juan O’Gorman para o casal de artistas, apresenta agora uma exposição de cartas da pintora mexicana. Como destacou a curadora da mostra, Cristina Kahlo, sobrinha-neta da artista, em uma correspondência de Frida para Muray datada de 1939, há passagens explícitas de ciúme.

2. Do conjunto de fotografias presentes na exposição, importante também destacar os trabalhos de Lola Álvarez Bravo. Ela fez um dos retratos mais enigmáticos de Frida – a artista duplica-se em um espelho e a imagem estabelece, diz a curadora Teresa Arcq, relação direta com a famosa pintura As Duas Fridas.
3. Nas fotografias de uma artista desconhecida, Kati Horna (1912-2000). A húngara também se exilou no México.
4. A partir de 1.º de setembro, o público já poderá comprar ingressos antecipados para a mostra no Instituto Tomie Ohtake por meio do aplicativo ingresse.com. 

* A REPÓRTER VIAJOU A CONVITE DO CONSELHO DE PROMOÇÃO TURÍSTICA DO MÉXICO


SERVIÇO:
FRIDA KAHLO – CONEXÕES ENTRE MULHERES SURREALISTAS NO MÉXICO.
Instituto Tomie Ohtake. Av. Faria Lima, 201, tel. 2245-1900. 3.ª a dom., 11 h/20 h.
R$10 (grátis 3.ª)
De 27/9 a 10/1/16
Abertura: 26/9, para convidados

Fonte : 
Folha de São Paulo : http://www.territorioeldorado.limao.com.br/musica/mus328878.shtm

sábado, 22 de agosto de 2015

A Criação de Adão

A sculpture named 'Create Adam' at an exhibition for graduates of China Academy of Art...

"Adam & Eve"__Bronze by Salvador Dali.Spain

Aquele abraço que nos salva do fim do mundo

Por Eduardo Benesi

Todo abraço tem a calmaria da camomila e o sorriso de um Girassol. Não desconfie. Deixe que os peitos se encostem. Abraços neutralizam a dor que aponta rumo ao sul. O encontro dos corações é a mais linda das simbioses. “Só não vale economizar amor pra se proteger.”


Abraço desajeitado e brusco, de quem quer mãe e pai, porque um dia faltou toque. Espeta por fora e carece por dentro. Agarra o amor e não quer soltar, não pode soltar, carência hiperbólica. Nunca julguem alguém carente. Nem todos tiveram a cor vermelha do lápis de cor.
Abraço de fim de jogo. Aquele mal entendido daquela jogada em que uma inocente canela levou a pior. Inimigos. Um jura o outro de morte, mas o juiz apita pra encerrar. E pronto, abraço de “foi treta do jogo”, valeu, falou, zerou.
A Sweet Hug _Life size terracotta by BrunoTorf.Australia

Abraço de quem não tinha uma palavra melhor. De quem não sabe o que dizer, e então abraça, dizendo muito de tudo aquilo que cala. Tem gente que não tem palavras pra dar e então abraça. Aceite quem não tem palavras, mas tem abraço. Aceite quem não tem palavra, mas tem um like.
Abraço de despedida. A gente sente o adeus, sem que algum profeta nos entregue. O coração nos avisa em um disparo incontrolável. A gente apenas sabe, sem ninguém dizer. Não existe adeus, existem últimos abraços . Por isso, sempre demore pra abraçar, garanto que não dói.

Abraço de aeroporto. Um aperto. Morte em avião é manchete de jornal, então venha cá antes de virar pecinhas de um quebra cabeça de carbono. Por via das dúvidas, me de um adeus preventivo, para caso você desparecer pelo mar e eu não te achar pelo azul estilhaçado.

Abraçaço. Coisa de Caetano. Deve ser da intensidade de gente que um dia não pode voltar e “dar um laço no espaço”. A saudade era um abraço faltando entre camisas florais. Abraçaço vem com exagero, quase que quebra as vértebras. Desmonta, despenteia, desmanteiga. Quem disse que a memória não é carente?
Tem gente que mente olhando nos olhos, mas um abraço nunca mente. A gente sempre percebe a temperatura , a gente sente tudo o que dentro tem. Até a mentira diz a verdade. Abraço é melhor do que lavar roupa suja. Ao invés de remoer o passado com listas e evidências, o abraço às vezes é o melhor “de agora em diante”.

A evidência está sempre por trás de um abraço. Quem dera pudéssemos enxergar a expressão facial de alguém que está nos abraçando. Ali mora o depois do olhar. Lindo é quem abraça de olhos fechados. Mas por trás de alguns abraços existem os piores olhares. Repare no rosto de quem abraça, é cinema puro, não há esconderijo.

Abraço é suco natural. Dizer eu te amo ás vezes é suco Tang sem mexer. Amor não é o que se diz, é o que se faz. Acredite no meu abraço, não no que prometo. Abraço é um bairro como o Bixiga. Abraço é uma cidade como Bruges. Abraço é um filme como “As vantagens de ser invisível”. Abraço é quando o céu promete não chover. Abraço é uma música da Karen’O.

Eu nunca fui o melhor no futebol. Era sempre o penúltimo a ser escolhido. O último estava no banheiro. Mas, já fiz o gol da virada, em plena final. Ganhei troféu revelação. Eu nunca aprendi a dar cambalhota nem jogar truco. Eu nunca acreditei nesse papo de “a gente nunca esquece depois que aprende a andar de bicicleta”. Eu já me esqueci. Da turma, fui o último a beijar, fui criança até o último pé de amora. Eu só passei na minha terceira prova de auto-escola e do vestibular. Eu jamais acertei um número de dança, nem ganhei na loteria esportiva – jamais achei que Senegal venceria a França na Copa de 2002.

Quando brincava de super-herói, ficava sempre com o personagem que tinha menos poderes. Eu nunca enxerguei como alguém sem óculos. Seis graus de hipermetropia sempre me separaram diametralmente da realidade, até por isso nunca achava a letra E de Eduardo na sopa de letrinhas. Mas o melhor que eu tenho é o meu abraço. E mesmo que eu me esforce para ser o melhor em tudo, nada pra mim vai ser tão mágico quanto o meu empenho em abraçar com força e soprar pra longe qualquer dor que o outro tenha.

Quando tudo parece nada, quando o cometa nos parte em pedaços não coláveis, tudo o que precisamos é de uma piscina de bolinhas ou de um abraço que nos salve do fim do mundo.

Fonte http://www.entendaoshomens.com.br/aquele-abraco-que-nos-salva-do-fim-do-mundo/

Indicação :

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Poema Preso

Por Viviane Mosè

A maioria das doenças que as pessoas têm são poemas presos.
Abscessos, tumores, nódulos, pedras…São palavras calcificadas, poemas sem vazão.
Mesmo cravos pretos, espinhas, cabelo encravado, prisão de ventre…Poderiam um dia ter sido poema, mas não…Pessoas adoecem da razão, de gostar de palavra presa.Palavra boa é palavra líquida, escorrendo em estado de lágrima.Lágrima é dor derretida, dor endurecida é tumor.Lágrima é raiva derretida, raiva endurecida é tumor.
Lágrima é alegria derretida, alegria endurecida é tumor.Lágrima é pessoa derretida, pessoa endurecida é tumor.Tempo endurecido é tumor, tempo derretido é poema.E você pode arrancar os poemas endurecidos do seu corpo com buchas vegetais, óleos medicinais, com a ponta dos dedos, com as unhas.Você pode arrancar poema com alicate de cutícula, com pente, com uma agulha.
Você pode arrancar poema com pomada de basilicão, com massagem, hidratação.Mas não use bisturi quase nunca, em caso de poemas difíceis use a dança. A dança é uma forma de amolecer os poemas endurecidos do corpo.Uma forma de soltá-los das dobras, dos dedos dos pés, das unhas.São os poemas-corte, os poemas-peito, os poemas-olhos,Os poemas-sexo, os poemas-cílio…Atualmente, ando gostando dos pensamentos-chão.Pensamento-chão é grama e nasce do pé,É poema de pé no chão, É poema de gente normal, de gente simples,Gente de Espírito Santo.Eu venho de Espírito Santo.Eu sou do Espírito Santo, eu trago a Vitória do Espírito Santo.Santo é um espírito capaz de operar o milagre sobre si mesmo"


Assista o vídeo dela falando

domingo, 16 de agosto de 2015

Filme “O Duplo” e “O Processo”

Freud, Dostoiévski, Kafka/Welles e Masud Khan nos filmes    “O Duplo” e “O Processo”

Por Psicanálise no Cinema
Filmes especiais discutidos em articulações psicanalíticas, coloquialmente.
Tive uma grata surpresa ao assistir a “O Duplo”, baseado no romance homônimo de Dostoiévski. Adaptação muito interessante, fotografia de ótimo nível em tons cinza escuro. O protagonista começa perdendo seu lugar num metrô vazio para um estranho, q rapidamente vamos percebendo ser seu alter ego, versão proativa e super autoconfiante (oposição imaginária à sua realidade de inércia e apagamento).


Inicialmente, este “outro” personagem soa como um parceiro alvissareiro, estimulando seu crescimento na empresa onde trabalha. O ambiente profissional é surrealisticamente burocrático, lembrando “O Processo” (obra-prima de Kafka, adaptado ao cinema por Orson Welles) e “O Castelo” (também do escritor tcheco), cheio de “pequenos poderes” em forma de labirinto intransponível. Ao alter ego, no entanto, tudo é facilitado, as portas sempre se abrem, as pessoas sorriem e mostram reconhecimento por seus atos.
Portanto, este “outro” inicialmente faz a função de “ideal do eu” (conceito freudiano referente às nossas prospecções e expectativas subjetivas, para dizer de forma sucinta), apresentando um caminho de norteamento evolutivo. Aos poucos, esta alteridade toma a forma de supereutirânico (Freud), massacrando o protagonista, empurrando-o a uma espécie de “zero absoluto”, metaforicamente um suicídio. Novamente, a analogia com o “Sr. K” de “O Processo” é direta. Melanie Klein, q deixou seu nome marcado na história da Psicanálise, falava da “posição esquizo-paranoide”, quando o sujeito teme um aniquilamento proveniente de paradeiro desconhecido, questão bastante patente na angústia do protagonista de “O Duplo”.
Enquanto Freud dizia q o supereu / ideal do eu possui 2 facetas – a positiva, como referência evolutiva, e a negativa, de exigência tirânica -, Daniel Kupermann prefere pensar o supereuapenas como função negativa e opressora, separando-o do ideal do eu, tendo este a positiva função de referencial expansivo. Considero as duas interpretações bastante próximas, porém a de Kupermann me parece mais interessante psicanaliticamente. No filme, o protagonista fica sem espaço diante de seu alter ego desde o início, portanto este esmagamento poderia ser considerado uma projeção de um supereu implacável, mórbido.
A estética lúgubre de “O Duplo” e de “O Processo”, assim como de boa parte dos filmes de Ingmar Bergman, explicita o peso constante e massacrante de uma Lei interna impossível de ser seguida, auditada e punida eternamente através de um sentimento de culpa muitas vezes só dissolvido pelo humor ou pela morte. Ou por um processo de elaboração em sessões de análise ou através da arte.






Por fim, o psicanalista Masud Khan utiliza o conceito de “duplo” (já apresentado por Freud na obra-prima “O Estranho”), como questão clínica observada em muitos de seus analisandos. Ele percebia q era comum q as pessoas chegassem à análise demandando q suas facetas desagradáveis fossem exorcizadas, a fim de q a parte “mais interessante” ou “bem sucedida” prevalecesse com exclusividade. Na contramão desta expectativa, Masud trabalha a coexistência de todas as facetas subjetivas, num paradoxo includente q venha a permitir uma espécie de diálogo entre essas partes, articulando as diferenças sem q uma suprima a outra.






A coexistência em paradoxo de nossas diferentes facetas subjetivas, portanto, seria a única condição demasiadamente humana possível, ainda q dificilmente caiba numa lógica de vitrine “Fakebook” cor de rosa..




Fonte : https://psicanalisenocinema.wordpress.com/2015/08/14/freud-dostoievski-kafkawelles-e-masud-khan-nos-filmes-o-duplo-e-o-processo/

sábado, 15 de agosto de 2015

O Arco Íris e a Personalidade.

Hoje encontrei este teste de cores relacionados a personalidade, e me lembrei das aulas de arteterapia com minha professora de linguagens de material. Eu adorava....este teste não tem base científia,mas vale dar uma olhada,pois relamente as cores tem uma relação muito simbólica,mas também subjetiva com cada personalidade,apesar de existir uma consenso em cada cultura em relação ao signficado das cores.
Segue abaix o texto na íntegra que copiei do Blog : "Hoje Descobri" http://www.hojedescobri.com/


"Sabia que a sua cor favorita do arco-íris lhe revela aspetos importantes da sua personalidade?


Olhe para as cores nesta imagem e escolha imediatamente, sem pensar, qual a que gosta mais.
Agora, faça este teste escrevendo o nome da sua cor favorita em baixo nos comentários aqui no Blogger ou Facebook e descubra o seu significado.

Cor VERMELHA
As suas principais características são a sinceridade e a sua atitude extremamente direta para expressar o que sente. É uma pessoa que gosta de chamar a atenção e não gosta de passar despercebida. É entusiasta e está sempre aberta a novas aventuras e experiências. É uma pessoa que gosta de inovar e explorar por natureza. Tem uma vocação natural para líder, que, gerida de forma apropriada, a ajudará a alcançar grandes resultados na sua vida. 


Cor LARANJA
Você é uma pessoa divertida e agradável com um coração gigante que a torna muito emocional e sensível perante a vida. Tem um grande sentido de equidade e de justiça, pelo que gosta de trabalhos em que possa ajudar os demais. Também pode ficar deprimida com situações que não consegue mudar e é justamente aí onde reside o seu grande desafio: lembre-se que se deseja contribuir para a construção de um mundo melhor, o mais importante é, antes de tudo, que você esteja bem. 


Cor AMARELA
Você é uma pessoa investigadora e inteligente (não necessariamente estudiosa) que pode aborrecer-se facilmente caso não encontre conversas interessantes ou possibilidades para desenvolver todo o seu potencial. É propensa a trabalhar até muito tarde, visto que tem a parte criativa do seu cérebro mais desenvolvida, o que faz com que a sua mente permaneça ativa e gerando ideias, inclusive durante a noite. Pode ser uma pessoa muito divertida e perspicaz, mas ao mesmo tempo satírica e irónica, e é aí que reside o seu principal desafio: aprender a aceitar e tolerar as outras pessoas que não pensam como você. 


Cor VERDE
É uma pessoa que necessita marcar limites entre o que considera ser o seu espaço pessoal e o sítio onde chegam os outros e se desfruta da companhia de outras pessoas, pode vir a aborrecer-se se sentir que estas ultrapassam os seus limites. É uma pessoa organizada, que gosta de dedicar tempo a organizar os seus projetos e ideias. O seu principal desafio é compreender que um bom trabalho não depende necessariamente da quantidade de tempo que emprega nele e que se a isso se propor, poderá criar um grande equilíbrio onde a sua vida laboral não lhe roube tempo para o que deveria ser a sua vida pessoal 


Cor AZUL
É uma pessoa com muita imaginação e uma grande habilidade para a comunicação. Estas características fazem de si uma excelente pessoa para narrar ou escrever histórias e para expressar e depender as suas próprias ideias ou de outras pessoas. Acredita muito no poder da palavra e por este motivo detesta a mentira e perde de imediato toda a confiança em alguém que o engana. Um dos seus principais desafios é estabelecer limites saudáveis para a sua necessidade de comunicar, pois não é necessário que diga sempre tudo o que sabe, ainda para mais se o que sabe pode ser irritante para alguns ou até mesmo causar-lhe problemas a si próprio.


Cor ÍNDIGO
É uma pessoa otimista, sensível e interessante e com um sexto sentido muito apurado. As suas primeiras impressões são sempre as mais acertadas. Caracteriza-se pela sua postura de absolutamente se envolver em algo (como projetos, trabalhos, tarefas, relações, etc) ou ficar completamente de fora, e é justamente aí que reside o seu grande desafio: desenvolver a perseverança, pois se bem que se envolve completamente em muitas atividades, acaba por perder o interesse por elas em pouco tempo, deixando-as abandonadas. Lembre-se que os seus grandes trunfos são o resultado da sua dedicação e o trabalho constante feito com amor.


Cor VIOLETA
É uma pessoa sonhadora, inspirada e criativa. A sua mente é uma fábrica inesgotável de ideias geniais. É muito provável que muitas pessoas admirem o seu estilo e que seja muito boa em carreiras ligadas à moda, ao design e às artes. Para si é muito importante dar rédea solta à sua imaginação e por este motivo fica frustrada em trabalhos e atividades que não satisfaçam os seus desejos criativos. É provável que os outros n

ão vejam o mundo de igual forma como você, mas essas diferenças não deveriam gerar problemas, e é aí que reside justamente o seu grande desafio: aprender a aceitar as diferenças e a sentir-se bem com os demais."


Fonte do Teste : http://www.hojedescobri.com/

Função Catártica da Música

Por Rosangela Brunet

A música age no sujeito de uma maneira intensa, rápida, infalível e possui uma linguagem de aspecto universal que excede os limites da individualidade e atinge o âmago do ser. Por este motivo, Schopenhauer acredita que as demais artes referem-se às sombras, às cópias das ideias; enquanto a música refere-se ao protótipo, à essência que é a própria vontade:De modo algum a música é, como as outras artes, reprodução das ideias, mas reprodução da própria vontade, cuja objetividade também são as ideias; por isso o efeito da música é tão mais poderoso e incisivo do que o das outras artes; pois somente essas se referem à sombra, aquela porém à essência  (SCHOPENHAUER, 2000, p.105). 

The Music Jacques le Nantec.France


Todas as vezes que vejo esta fotografia de Hari Menon não posso evitar de pensar no processo catártico da música .Aldous Huxley diz que "depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música..", e Renata Mattos acrescenta que : " música testemunha o encontro com o real e um modo de lidar com ele. Ela dá aos sujeitos um vazio a partir do qual cada um de nós poderá acrescentar suas próprias notas, criando significações singulares”

Fotografia de Hari Menon. Parikrama perfomance Bangalore.
"Take me there .....!"

"...A música levaria quem a ela se entrega a uma espécie de experiência catártica, passível de descarregar suas tensões internas(...) do comentário de Boris de Schlozer a propósito de Bach e do artista em geral: "O que caracteriza essencialmente o artista (...) é a produção de uma coisa cuja geração, cujo próprio processo de geração, modifica seu autor, permitindo-lhe transcender-se, ser, ao mesmo tempo, plenamente ele mesmo e um outro." A atividade criadora consistiria, sempre segundo esse autor, "não unicamente em gerar um sistema orgânico, mas ainda em produzir conjuntamente o próprio autor desse sistema, o que nele se acha imediatamente presente."
KAUFMANN, Pierre. Dicionário enciclopédico de psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996

Fotografia de Henr iManuel ,"Young Musician"
Compartilhada Por Sebastião Salgador 
Frieda Teller num artigo sobre o talento musical e a fantasia (1917-19), comparou a emoção musical a um processo regressivo quase alucinatório, que assume a forma de fantasias e lembranças.Como modalidade singular de expressão do psiquismo recalcado, à semelhança do sonho, dos sintomas neuróticos e dos atos falhos, a música levaria quem a ela se entrega a uma espécie de experiência catártica, passível de descarregar suas tensões internas" (Pierre Kaufmann ,In Psicanálise e Música- Dicionário enciclopédico de psicanálise )



"Músicos' , Conjunto de cinco figuras em bronze feitas
Obra do mexicano Carlos Diener.


Segundo Renata Mattos , "A música, enquanto arte, envolve simultaneamente o sujeito e um ato, seja o da criação, da escrita desta criação, da leitura e interpretação, ou mesmo da escuta, quando esta se trata de uma escuta causada por um objeto artístico que convoca o ouvinte enquanto sujeito do inconsciente..."
Obra de Zhao Kailin





Deixo este vídeo para reflexão

domingo, 2 de agosto de 2015

Frida Khalo


Frida Khalo era fascinada pelas cores fortes, características do seu país, Frida Kahlo, a artista e militante política de esquerda que virou sinônimo de superação e que detestava o rótulo de surrealista, produziria em pouco tempo um importante acervo de obras de arte, na maioria pintura de autorretratos, que encantaram e ainda encantam, mais de 60 anos depois de sua morte...


Imagem: Frida Kahlo em sua casa na cidade do
México, 1951, fotografada por Gisèle Freund.

Veja um coementário sobre a história de Frida Khalo


Segue postagem completa feita por  Juliana Martinez sobre Frida Khalo

 

 Frida Kahlo é uma das minhas pessoas favoritas. Foi uma mulher intensa, corajosa e esplêndida, que nos deixou um grande legado, não só com suas pinturas, mas também com suas palavras, lições e o valor de sua luta constante.
Revolucionou o mundo com sua atitude diante da vida, rompendo não só com os convencionalismos do século passado no México, mas também no mundo todo. De fato, ainda hoje ela seria revolucionária e continuaria rompendo com convencionalismos. Foi uma mulher a quem tentaram classificar como surrealista, mas nunca deixou que a classificassem, pois assim como ela afirmava, não pintava sonhos, mas a sua própria realidade.
Marcada por sua própria existência, pelos grandes golpes que a vida lhe deu e por seu imenso amor por Diego Rivera, sua vida foi repleta de infortúnios que nunca cessaram. Frida foi uma mulher desafiadora, vaidosa, apaixonada e com uma capacidade desmedida de amar que, naturalmente, deixou, em suas palavras, valores que ultrapassam fronteiras.

Outra reportagem falando sobre o fenomeno Frida Khalo

 Frases d Frida Khalo]

  1. “Amuralhar o próprio sofrimento é arriscar que ele te devore desde dentro”
  2. “A dor, o prazer e a morte não são mais do que o processo da existência. A luta revolucionária neste processo é uma porta aberta à inteligência”
  3. “Doutor, se me deixar tomar essa tequila, prometo que não vou beber no meu funeral”
  4. “Ao fim do dia, podemos aguentar muito mais do que pensamos que podemos”
  5. “A vida insiste em ser minha amiga, e meu objetivo meu inimigo”
  6. “Não há nada mais bonito do que o sorriso!”
  7. “O que não me mata, me alimenta”
  8. “Pensaram que eu era surrealista, mas nunca fui. Nunca pintei sonhos, apenas minha própria realidade”.
  9. “Nada é absoluto. Tudo muda, tudo se move, tudo gira, tudo voa e desaparece”
  10. “A beleza e a feiura são uma miragem, pois os outros sempre acabam vendo nosso interior”
  11. “Tentei afogar minhas mágoas, mas as malditas aprenderam a nadar, e agora estou sobrecarregada com essa decente e boa sensação”
  12. “Há alguns que nascem com estrelas e outros com mais algumas, e mesmo que você não queira acreditar, nasci com constelações…”
  13. “Eu costumava pensar que era a pessoa mais estranha do mundo, mas então pensei, há muita gente no mundo, tem que existir alguém como eu, que se sinta bizarra e danificada da mesma forma que eu me sinto. Consigo imaginá-la, e imagino que ela também deve estar por aí, pensando em mim. Bom, eu espero que se você estiver por aí e ler isso, saiba que, sim, é verdade, eu estou aqui e sou tão estranha quanto você.”
  14. “Queria te dar tudo o que nunca teve, e nem assim você saberia a maravilha que é poder te querer”
  15. Pode-se inventar verbos? Quero inventar um: Eu te céu, assim minhas asas se tornam enormes para te amar sem medidas.”
  16. Sinto que, desde nosso lugar de origem, estivemos juntos, que somos da mesma matéria, das mesmas ondas, que temos, dentro de nós, o mesmo sentido. Seu ser inteiro, seu gênio e sua humildade prodigiosas são incomparáveis e enriquecem a vida; dentro do seu mundo extraordinário, o que te ofereço é apenas uma verdade a mais, e que vai sempre acariciar o mais fundo de ti mesmo. Agradeço por recebê-lo, obrigada por viver, por ontem ter me deixado tocar a luz mais íntima e por ter dito, com sua voz e seus olhos, o que eu esperei toda a minha vida.”
  17.  Pernas, pra que te quero, se tenho asas para voar?”


História de Frida Khalo


Alguns Registros Fotográficos de sua vida 














Veja algumas obras de Frida Khalo 














A Influênia Cultural de Frida Khalo na nossa atualidade


Achei interessante mostrar a vocês o poder que uma pessoa, principalmente um artista , pode exercer em uma cultura, influenciando-a e quebrando paradigmas. Ainda que lentamente, é possível sonhar com um mundo melhor. Acredito que todos nós podemos ser um transformador  e influenciador em nossa sociedade, e  um multtiplicador de novas ideias.Por enquanto, trago o exemplo bem atual de Frida Khalo.Infelizmentenõ estamos falando de uma brasileira,mas de qualquer forma fica ai o exemplo a ser seguido, já  que aqui no nosso páis estamos carentes de exemplos.
A arte aqui no Brasil ainda esta sendo dominado pelo mercado. Há artistas maravilhosos que saem do pais para ganahr dinheiro e recnhecimento.Na música,por exemplo temos Ivan Lins, Beto Guedes, Flavio Venturine, etc...que tem seu público prórpio,mas não participam da mídia que manda no mercado.Fica aqui uma proposta de inversão de valores e transformação de atitude mercadológica!!

Estes artigos abaixo foi copiado da "Catraca Livre" e  do Blog  "AFIM: Arte, Fotografia, Idéias e Marmota", cujo autor se chama Jussara Almstadter ( http://www.jualmsfotografia.com/)

"A intrigante artista mexicana, "Frida Kahlo" foi homenageada em diversas obras pela riqueza do seu trabalho. Agora, são as crianças que poderão ter acesso à sua história. O livro infantil "Viva Frida"apresenta de forma lúdica e delicada como sua vida se encheu de riso, amor e tragédia, e como tudo isso influenciou o que ela pintou em suas telas.
Escrito e ilustrado por Yuyi Morales e com os cliques do fotógrafo Tim O’Meara, o livro retrata as adversidades que Frida enfrentou em toda sua jornada criativa e as superou tornando-se uma das mulheres e artistas mais notáveis ​​da humanidade."
Veja   como foi o processo de produção do livro.
 https://www.youtube.com/watch?v=8mu8mZLmewI









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FRIDA KAHLO GANHA MOSTRA COM SUAS ROUPAS QUE FICARAM GUARDADAS POR CERCA DE 50 ANOS

Publicado em 30 de out de 2012
"El Museo Frida Kahlo y la revista Vogue México, en asociación con BMW, y con el apoyo de The Anglo Mexican Foundation, Embajada de Estados Unidos, Embajada de Francia, Fundación Bancomer, Fundación Japón, Lasalle College of the Arts, Montblanc, University of the Arts London y Valentino Parfums, presentarán en noviembre de 2012 una exhibición que hará historia: "Las apariencias engañan: los vestidos de Frida Kahlo".

En 2004, tras 50 años de permanecer bajo llave por petición de Diego Rivera, se abrieron las puertas de dos baños, baúles y roperos de La Casa Azul, que hasta entonces habían permanecido cerrados; ahí se encontraron documentos, fotografías, obra plástica y una colección de textiles del guardarropa de Frida Kahlo, integrada por más de trescientas piezas. Entre ellas destacan rebozos, faldas, blusas, enredos, vestidos, mantos de tehuana, medias, enaguas, pantalones, camisas, listones, corsés y trajes de baño.

"En la forma de vestir de Frida se puede reconocer la creatividad y el profundo sentido del colorido que tenía la artista. Su ropa, además de ser en sí una manera de esconder flaquezas físicas y emocionales, traducía su temperamento. Su atuendo fue un elemento fundamental en la construcción de su fuerte personalidad que la ha hecho trascender en la historia de la pintura del Siglo XX", comentó Carlos Phillips, Director General de los Museos Dolores Olmedo, Diego Rivera y Frida Kahlo.

Ya sean confeccionados en seda, terciopelo, con bordados, aplicaciones o encajes, todas estas piezas revelan fragmentos de la historia e identidad de Frida Kahlo y, a través de ellas, es posible hacer una nueva interpretación de su vida y obra. La artista no sólo intervenía sus prendas, sino que llegó a marcar un estilo que influyó en el diseño de moda internacional." [3]

Fiz um apanhadão de notícias, (já q eu mesmo nãaaao pude ir - 2013) da mostra do guarda-roupa maravilhoso de Frida Kahlo, apresentadas na Smoke and Mirrors - Casa Azul/México! ♥♥♥ [4]

Vídeo de divulgação da exposição "Las apariencias engañan: los vestidos de Frida Kahlo"



Por: Janara (http://www.ideafixa.com/no-guarda-roupa-de-frida-kahlo)
11/03/2013

1937, foto de Nickolas Muray
O guarda-roupa de Frida Kahlo foi trancado logo após a morte de Kahlo, em 1954. Ela usava a moda para transformar suas inseguranças físicas e emocionais em força, beleza e inspiração para a sua própria pintura.




Quando Kahlo morreu, logo após seu aniversário de 47 anos, seu marido e parceiro na arte, Diego Rivera, começou a colocar seus pertences pessoais em um banheiro de sua casa, na Cidade do México. Com a morte de Rivera, em 1957, a casa de ambos conhecida como La Casa Azul, tornou-se o Museo Frida Kahlo.


Pouco antes de Rivera morrer, ele instruiu uma amiga íntima, Dolores Olmedo, para que o guarda-roupa de Frida ficasse trancado pelos próximos 15 anos. Olmedo levou o pedido de Rivera tão a sério que deixou o closet trancado até a sua morte em 2002.
Durante a última década, o museu foi finalmente capaz de catalogar e organizar o conteúdo do closet, que também guardava centenas de documentos, fotografias e obras de arte – além de cerca de 300 peças de roupa e objetos pessoais. desde um par de brincos que Picasso deu a Frida, até a suas próteses personalizadas.
Apenas em novembro de 2012, em colaboração com a Vogue México, o museu abriu a primeira exposição das roupas de Kahlo, apresentando seu vestuário através da lente da deficiência, do poder feminino, assim como a sua contínua influência sobre a moda.

a-drawing-from-1932-“The-Abortion”-addresses-Kahlo’s-inability-to-conceive-children-following-the-bus-accident.-Right-Kahlo-decorates-one-of-her-many-plaster-corsets-in-1951.-600x364

Na esquerda, um desenho de 1932 (“o aborto”) fala sobre a incapacidade de frida de ter filhos após o seu acidente. A direita, Kahlo decora um de seus vários corsets, em 1951










Referência

[1]https://catraquinha.catracalivre.com.br/geral/familia/indicacao/livro-infantil-celebra-a-vida-da-artista-frida-kahlo/
[2]https://catraquinha.catracalivre.com.br/geral/familia/indicacao/colecao-infantil-antiprincesas-conta-historias-de-mulheres-inspiradoras/
[3] https://www.youtube.com/watch?v=wt0dGeMDQiM
[4] http://artefotografiaideiasemarmotas.blogspot.com.br/2013/03/o-guarda-roupa-de-frida-kahlo.html


Fonte: 

Fonte :http://amenteemaravilhosa.com/frases-de-frida-kahlo/ 
Sugiro o link : http://designevisual.blogspot.com.br/2012/01/frida-kahlo-e-suas-obras.html

Eu

Por Rosangela Brunet "O meu mundo não é como o dos outros: quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia...