Por Rosangela Brunet
A música age no sujeito de uma maneira intensa, rápida, infalível e possui uma linguagem de aspecto universal que excede os limites da individualidade e atinge o âmago do ser. Por este motivo, Schopenhauer acredita que as demais artes referem-se às sombras, às cópias das ideias; enquanto a música refere-se ao protótipo, à essência que é a própria vontade:De modo algum a música é, como as outras artes, reprodução das ideias, mas reprodução da própria vontade, cuja objetividade também são as ideias; por isso o efeito da música é tão mais poderoso e incisivo do que o das outras artes; pois somente essas se referem à sombra, aquela porém à essência (SCHOPENHAUER, 2000, p.105).
Fotografia de Henr iManuel ,"Young Musician" Compartilhada Por Sebastião Salgador |
Frieda Teller num artigo sobre o talento musical e a fantasia (1917-19), comparou a emoção musical a um processo regressivo quase alucinatório, que assume a forma de fantasias e lembranças.Como modalidade singular de expressão do psiquismo recalcado, à semelhança do sonho, dos sintomas neuróticos e dos atos falhos, a música levaria quem a ela se entrega a uma espécie de experiência catártica, passível de descarregar suas tensões internas" (Pierre Kaufmann ,In Psicanálise e Música- Dicionário enciclopédico de psicanálise )
Nenhum comentário:
Postar um comentário