domingo, 5 de julho de 2015

Terapia do Jogo de Areia (Sandplay) de Dora Kalff

Segue abaixo uma pesquisa lindíssima feita pelos moderadores da Página Imagens e Símbolos. E contribuindo tamb´me com a postagem vem André Rodrigues do Jung na Prática entrevistando uma especialista no jogo Sandplay

"Em 1956, Dora Kalff, analista junguiana, teve contato com Margareth Lowenfeld e sua forma de atendimento utilizando a caixa de areia na psicoterapia infantil. Desenvolveu e adaptou à psicoterapia analítica com algumas mudanças e denominou a técnica de Jogo de Areia. Kalff observou o interesse despertado pela técnica nos pais de seus pacientes e passou a incorporar a criação de cenários como forma de expressão com adultos que também poderiam se beneficiar com uma maneira mais lúdica de atendimento.

Dora Kalff, discípula de Jung, desenvolveu a Terapia do Jogo de Areia (Sandplay)

O jogo de areia como atividade lúdica, ajuda a restabelecer a capacidade de criar, imaginar e fantasiar, necessárias não só às crianças, mas também aos adultos. Foi aplicado inicialmente como um método terapêutico baseado na Psicologia Analítica de Jung. Os cenários são construídos, utilizando-se miniaturas de seres e objetos do mundo real e fantástico, permitindo uma representação tridimensional, não verbal, do mundo interior. A caixa de areia é um espaço livre e protegido que permite entrar em contato com as emoções e fantasias, expressar de forma segura, impulsos e necessidades do indivíduo, facilitando seu desenvolvimento. Na escola, o jogo de areia permite explorar possibilidades de expressão e movimento, bem como desenvolver capacidades perceptivas e criativas das crianças. A técnica pode ser aplicada em psicoterapia, arte terapia, psicopedagogia, atividades educacionais, individualmente ou em grupos.
Sala de Dora Kalf, discípula de Jung que
desenvolveu a Terapia do Jogo de Areia (Sandplay).

Marionetes do Self, é uma técnica desenvolvida por Carlos Byington a partir da caixa de areia (sandplay). Em psicoterapia permite abordar as questões do paciente e simboliza-las para posterior elaboração. Utiliza miniaturas de seres humanos, animais e objetos variados com o objetivo de facilitar o acesso do paciente a uma representação de seu mundo interior. A visualização da representação intensifica a vivencia e permite expressar o que não é possível pela palavra. Cria um espaço onde os conflitos internos têm uma representação externa e podem ser elaborados. 
Sobre o aprendizado das Técnicas Expressivas:“É muito difícil, se bem que não impossível, aprender o uso das técnicas 
expressivas sem vivenciá-las, seja numa terapia pessoal ou em workshops. 
No entanto, quando não se teve uma experiência com técnicas expressivas na sua 
própria análise, elas podem ser aprendidas em grupos, sobretudo em workshops.” 
Carlos Amadeu Botelho Byington, Introdução ao Estudo das Técnicas Expressivas pela Psicologia Simbólica Junguiana, disponível em http://www.carlosbyington.com.br/tecnicas-expressivas-psicologia-simbolica/.
A sala de Sandplay de Laura Strom, disponível no Pinterest.

O jogo na caixa de areia como abordagem terapêutica foi desenvolvido por Margaret Lowenfeld, em 1929. A psiquiatra atribuiu a inspiração para a criação de sua técnica ao livro Floor Games de Herbert George Wells, publicado em 1911. Em 1935 Lowenfeld publicou World Techniques - Play in Childhood, denominando Técnica do Mundo, a modalidade terapêutica com crianças, na qual se constroem pequenos mundos utilizando areia e miniaturas. Dora Kalff, em 1956, interessou-se pela técnica e, incentivada por Jung, foi para Londres estudar e trabalhar com Lowenfeld e outros pesquisadores como M. Fordham e D. Winnicott. Quando retornou à Suíça, desenvolveu sua própria versão da Terapia do Jogo de Areia, fundamentada na teoria Junguiana.
Marionetes do Self 
A técnica das Marionetes do Self se origina nas tradições da ludoterapia, incluindo a CAIXA DE AREIA. Utiliza, no lugar da caixa de areia, um tecido branco de forma retangular que pode medir até 1,20m por 2,00m. As miniaturas têm 15 cm de altura, tendo por base pequenos cubos de madeira, para que fiquem de pé. Elas representam personagens significativos para o paciente, seus familiares, amigos, figuras que surgem em seus sonhos e também o próprio terapeuta, acompanhados pelos símbolos a eles atribuídos pelo paciente.
Caixa de Areia e coleção de miniaturas.


O jogo de areia, como atividade lúdica, ajuda a restabelecer a capacidade de criar, imaginar e fantasiar, necessárias não só às crianças, mas também aos adultos. Foi desenvolvido por Dora Kalff e aplicado inicialmente como um método terapêutico baseado na Psicologia Analítica de Jung. Os cenários são construídos, utilizando-se miniaturas de seres e objetos do mundo real e fantástico, permitindo uma representação tridimensional, não verbal, do mundo interior. A caixa de areia é um espaço livre e protegido que permite entrar em contato com as emoções e fantasias, expressando de forma segura, impulsos e necessidades do indivíduo, facilitando seu desenvolvimento. Como técnica auxiliar, pode ser aplicado em outros contextos como terapia conjugal, psicoterapia, arteterapia, psicopedagogia, atividades educacionais, individualmente ou em grupos.




“O Jogo de Areia não é apenas um método de terapia, mas um meio criativo através do qual o conteúdo da imaginação se torna real e visível. Além disso, proporciona ao terapeuta uma oportunidade única de observar os processos de desenvolvimento e de cura”. Dora Kalff
A caixa de areia como abordagem terapêutica foi concebida por Margaret Lowenfeld que começou a utilizá-la em 1929, publicando em 1935 o livro que apresentava o desenvolvimento de sua técnica: “World Techniques - Play in Childhood”.
O Jogo de Areia tem seus primórdios em jogos de guerra de adultos e crianças, realizados em cenários com miniaturas de soldados e fortes dispostos no chão (Floor Games).Adultos também brincam e se interessam por miniaturas. Sala de Dora Kalf, discípula de Jung que desenvolveu a Terapia do Jogo de Areia (Sandplay).
O Jogo de Areia tem seus primórdios em jogos de guerra de adultos e crianças, realizados em cenários com miniaturas de soldados e fortes de guerra dispostos no chão (Floor Games).Os livros de Herbert George Wells, Little Wars e Floor Games são umas das inspirações de Margareth Lowenfeld para o desenvolvimento do Jogo do Mundo.A caixa com areia, medindo 57 cm x 72 cm x 7 cm, permite que se visualize todo o espaço livre para a construção e o cenário inteiro de uma vez.As miniaturas devem ser colocadas em estantes, acessíveis visual e manualmente. Os objetos devem ser de boa qualidade para motivar e estimular a criatividade. É importante que sejam suficientes para representar as várias situações possíveis na realidade e na ficção.
Imagem de uma coleção disponível na internet. Observa-se que não é necessário muito espaço possuir tantas miniaturas, basta que se tenha representação de todas as categorias necessárias para se construir uma diversidade de cenas reais ou imaginárias.


Há soluções bem simples para acomodar a coleção de miniaturas e a caixa de areia.







Parte de uma coleção de miniaturas para Jogo de Areia, animais.
Além das miniaturas, é interessante oferecer materiais para criar novos objetos.

Que papel as figuras em miniatura desempenham no jogo de areia? 
Imagem: Caixa de areia, montagem para fins didáticos. Fotografia Imagens e Símbolos.

RUTH – As figuras são uma espécie de edição de nossas representações do mundo interno. Mas, por estarem prontas, encontram-se num nível mais superficial. Hoje usamos muito as figuras já prontas, manufaturadas. No passado, entretanto, usava-se o papel, as pedras, os pedaços de plástico. Eu voltei um pouco para os materiais disformes porque sua utilização é também uma forma de criar. Pegar tudo pronto é uma atitude consumista. Por outro lado, poder criar é muito importante porque o que surge são imagens compensatórias necessárias concretizadas por força da imaginação. Esse é um aspecto muito interessante do trabalho. A gente tem a capacidade de ver o simbólico atrás da realidade. E esse significado é diferente do que se vê na pintura ou na escultura, porque é o próprio processo de criação. (Entrevista com a analista junguiana suíça Ruth Ammann, 09/08/2002 , Revista Viver Psicologia, disponível emhttp://www.redepsi.com.br/portal/modules/news/print.php?storyid=300 Acessado em 24-06-2010).


Contos na caixa de areia


A princesa e o sapo
A princesa brincava com uma bola dourada que caiu dentro de um poço de onde ela não conseguia retirá-la. Mas no poço havia um sapo que disse que poderia devolver a bola se a princesa cumprisse três desejos: sentar-se à mesa com a princesa, comer de seu prato e dormir na sua cama. Ela então prometeu tudo porque estava muito triste com a perda da sua bola. Assim, que o sapo a trouxe de volta, a princesa esqueceu suas condições e ele teve que lembrá-la de sua promessa. A cada vez ela obedecia com relutância porque o sapo é tão repulsivo que cada exigência era pior que a anterior. A última condição, então, de que o sapo dormisse na sua cama, a princesa nem queria ouvir falar, mesmo assim, o sapo entrou na sua cama, de onde ela o tirou e o jogou contra a parede. Nesse instante o sapo desapareceu e em seu lugar surgiu o Príncipe Encantado.



O repugnante sapo ou dragão do conto de fadas traz a bola do sol na boca;
pois o sapo, a serpente, o rejeitado, é o representante daquela profunda camada inconsciente em que são guardados todos os elementos da existência não admitidos, não reconhecidos, desconhecidos ou subdesenvolvidos. Essas são as pérolas dos palácios submarinos das fábulas; as jóias que iluminam as cidades demoníacas do mundo interior; as sementes de fogo do oceano de imortalidade, que suporta a terra e a cerca como uma cobra; as estrelas do firmamento da noite imortal. São elas as pepitas de ouro do tesouro do dragão; as maçãs guardadas pelas Hespérides; os filamentos do Velocino de Ouro. O agente que anuncia a aventura costuma ser sombrio, repugnante ou aterrorizador, considerado maléfico e, no entanto, se prosseguirmos, o caminho nos será aberto. O arauto pode ser um animal (como no conto de fadas), representante da fecundidade instintiva reprimida que está dentro de nós. Pode ser igualmente uma figura misteriosa coberta por um véu — o desconhecido. Campbell, O herói das Mil Faces 

"Desde sempre o ser humano brinca… o brincar faz parte da elaboração psíquica e dá vazão à criatividade, que é fundamental para a sobrevivência, mas também para o desenvolvimento da vida em todos os seus necessários aspectos. Brincar faz bem! Brincar produz! Brincar estimula a criança interior e nos deixa mais felizes.
A areia faz parte deste universo do brincar. Quem nunca subiu num monte de areia? Quem nunca construiu castelos ou pelo menos desejou construir? Quem nunca sentiu a areia entre seus dedos?
A areia, assim como o barro nos traz a ancestralidade da Grande Mãe, do Planeta e há muito se sabe disto… Aqueles que se permitem brincar, seja em qual fase da vida for, podem se encontrar de uma maneira lúdica. E o Sandplay – O Jogo de Areia favorece isto sobremaneira.

O Jogo de Areia não é apenas um método de terapia, mas um meio criativo através do qual o conteúdo da imaginação se torna real e visível. Além disso, proporciona ao terapeuta uma oportunidade única de observar os processos de desenvolvimento e de cura.Dora Kalff
O Sandplay foi desenvolvido pela Analista Junguiana Dora M. Kalff, em Zollikon, Suíça. No Japão, na Europa e Estados Unidos vêm crescendo e se difundindo muito, onde profissionais o usam como método terapêutico em escolas, consultórios e hospitais, podendo ser realizado por pessoas de qualquer idade.
Criando cenas da psique, de maneira não verbal, podemos observar em que ponto estamos. As cenas contam histórias e revelam os mais profundos segredos da alma.
Eu tive um encontro maravilhoso com a fantástica Edna Levy e ela disse um pouco sobre como lidar com as fases: infância, adolescência e a fase adulta através deste método maravilhoso, o Sandplay"(André Oliveira, "Sandplay – Jogo de Areia na Infância, Adolescência e Fase Adulta") [1]
.Assista e depois faça seus comentários:


-__________________________________________________________________________[2]
“A caixa de areia pode ser considerada, simultaneamente, como uma técnica projetiva e como uma metodologia terapêutica. Enquanto técnica projetiva permite o acesso a conteúdos de grande riqueza. A ausência da necessidade de uma verbalização muito sistematizada – geralmente fundamental em outras técnicas projetivas – parece constituir uma grande vantagem. O indivíduo, independentemente da idade, colabora com facilidade na criação de um cenário bastante revelador do seu próprio mundo interno. A caixa de areia enquanto instrumento projetivo revela grande utilidade ao ser administrado no conjunto da bateria de testes que compõem uma avaliação psicológica. Numa psicoterapia infantil, é frequentemente escolhida pelas crianças como meio preferencial de expressão. No acompanhamento de adolescentes e adultos, a utilização pontual da caixa de areia pode revelar-se útil para desbloquear um impasse terapêutico ou verbalizar emoções não expressas. Enquanto metodologia terapêutica desenvolvida sob inspiração junguiana, a caixa de areia apresenta a vantagem de se prestar a uma grande plasticidade interpretativa. Com efeito, os cenários a que dá origem podem ser trabalhados de acordo com a orientação teórica que sustenta o trabalho interpretativo do terapeuta.” (CORDEIRO CRUZ, M. C.; FIALHO, M. T. A Caixa de Areia: Técnica projectiva e método terapêutico, Análise Psicológica (1998), 2 (XVI): 231-241).

Dora Kalff, discípula de Jung, desenvolveu a Terapia do Jogo de Areia (Sandplay)

Sala de Dora Kalf, discípula de Jung
que desenvolveu a Terapia do Jogo de Areia (Sandplay).
Em 1956, Dora Kalff, analista junguiana, teve contato com Margareth Lowenfeld e sua forma de atendimento utilizando a caixa de areia na psicoterapia infantil. Desenvolveu e adaptou à psicoterapia analítica com algumas mudanças e denominou a técnica de Jogo de Areia. Kalff observou o interesse despertado pela técnica nos pais de seus pacientes e passou a incorporar a criação de cenários como forma de expressão com adultos que também poderiam se beneficiar com uma maneira mais lúdica de atendimento.  “O Jogo de Areia não é apenas um método de terapia, mas um meio criativo através do qual o conteúdo da imaginação se torna real e visível. Além disso, proporciona ao terapeuta uma oportunidade única de observar os processos de desenvolvimento e de cura”. Dora Kalff




Miniaturas para Caixa de Areia 

Pode-se dizer que o armário de miniaturas representa o próprio terapeuta, seu gosto pessoal na escolha e aquisição, sendo que alguns até as confeccionam artesanalmente. A coleção simboliza uma colaboração do terapeuta no processo, por meio dos objetos que ele oferece ao paciente e que estarão disponíveis para sua criação na caixa de areia.NASSIF, S. L.; SOARES, L. F. M. O Mundo em Miniatura: o Jogo de Areia e as Marionetes do Self. Hermes, n. 19, p. 54-63, 2014

Imagens do mundo em miniatura.Artigo recomendado: 
NASSIF, S. L.; SOARES, L. F. M. O Mundo em Miniatura: o Jogo de Areia e as Marionetes do Self. Hermes, n. 19, p. 54-63, 2014.
Imagens do mundo em miniatura.Artigo recomendado: 
NASSIF, S. L.; SOARES, L. F. M. O Mundo em Miniatura: o Jogo de Areia e as Marionetes do Self. Hermes, n. 19, p. 54-63, 2014.


As miniaturas permitem a expressão dos impulsos, emoções e sentimentos mais profundos.
Caixa de Areia e coleção de miniaturas.
A caixa com areia, medindo 57 cm x 72 cm x 7 cm, permite que se visualize todo o espaço livre para a construção e o cenário inteiro de uma vez.




A caixa de areia é um espaço livre e protegido que permite a manifestação dos símbolos, agentes curativos, que atuam como pontes, ligando a consciência e o inconsciente e ajudam a promover a transformação necessária para o desenvolvimento do indivíduo



Areia ampliada 250 vezes.


As miniaturas devem ser colocadas em estantes, acessíveis visual e manualmente. Os objetos devem ser de boa qualidade para motivar e estimular a criatividade. É importante que sejam suficientes para representar as várias situações possíveis na realidade e na ficção.

Um símbolo é mais rico que um conceito verbal. Expressa emoções, sentimentos e aspectos inconscientes, difíceis de verbalizar.

Figuras humanas de várias idades, ambos os sexos, diferentes profissões e raças, tudo que for necessário para representar diferentes papéis sociais.

Entrevista com Ruth Ammann
V P – Que papel as figuras em miniatura desempenham no jogo de areia? 
RUTH – As figuras são uma espécie de edição de nossas representações do mundo interno. Mas, por estarem prontas, encontram-se num nível mais superficial. Hoje usamos muito as figuras já prontas, manufaturadas. No passado, entretanto, usava-se o papel, as pedras, os pedaços de plástico. Eu voltei um pouco para os materiais disformes porque sua utilização é também uma forma de criar. Pegar tudo pronto é uma atitude consumista. Por outro lado, poder criar é muito importante porque o que surge são imagens compensatórias necessárias concretizadas por força da imaginação. Esse é um aspecto muito interessante do trabalho. A gente tem a capacidade de ver o simbólico atrás da realidade. E esse significado é diferente do que se vê na pintura ou na escultura, porque é o próprio processo de criação. (Entrevista com a analista junguiana suíça Ruth Ammann, 09/08/2002 , Revista Viver Psicologia, disponível emhttp://www.redepsi.com.br/portal/modules/news/print.php?storyid=300 Acessado em 24-06-2010).
Imagem: Caixa de areia, montagem para fins didáticos. Fotografia Imagens e Símbolos.






                   Imagens do mundo em miniatura. É importante ter na coleção, miniaturas de figuras humanas de diferentes épocas. Aqui, algumas peças de um antigo presépio, foram restauradas e integradas à coleção, tendo um efeito surpreendente na areia.
 A camponesa sentada à beira de um poço, a lavadeira, a jovem com um cântaro e o burro são figuras de um presépio antigo, muito bem reaproveitadas na caixa de areia.
Lavadeira e camponesa carregando cântaro. Antigas figuras femininas adaptadas de um presépio.


Imagens do mundo em miniatura
Quanto maior a diversidade de figuras, mais possibilidades de representação.


Uma estante com miniaturas

Imagens do mundo em miniatura
Parte de uma coleção. Mobilias de madeira, cestos de arame, barbante, cadeira de palito. Muitas miniaturas podem ser confeccionadas artesanalmente a partir de materiais reaproveitados. 


 Miniaturas de objetos de uso doméstico e alimentos

              Sofá de madeira mdf revestido com retalho de tecido. Tapete de barbante, cesto de crochê

Miniaturas de árvores de diversos materiais.


                                     Parte de uma coleção de miniaturas para Jogo de Areia, animais.

  

  

A coleção de miniaturas vai sendo ampliada com o tempo e formada por objetos de diversas procedências e dos mais variados materiais. Na estante das casas, por exemplo, há peças de madeira, gesso, barro, resina etc. Casas modernas, antigas, prédios, lembranças de viagens representando diversos lugares do mundo, igrejas, torres etc. é possível também criar a partir de materiais como pedaços de madeira, tijolinhos, palitos, papelão, oferecendo uma grande variedade de possibilidades de representação..
Há soluções bem simples para acomodar a coleção de miniaturas e a caixa de areia
Caixa e mesa com rodas.
Coleção e caixa montada
Imagem de uma coleção disponível na internet. Observa-se que não é necessário muito espaço possuir tantas miniaturas, basta que se tenha representação de todas as categorias necessárias para se construir uma diversidade de cenas reais ou imaginária
A sala de Sandplay de Laura Strom, disponível no Pinterest.
Além das miniaturas, é interessante oferecer materiais para criar novos objetos.

Todas essa caixa foi produzida apenas para servir como material ilustrativo da divulgação, para não expor material terapêutico. É uma simulação didática

Figuras humanas, Silvia Spindola.
A técnica das Marionetes do Self se origina nas tradições da ludoterapia, incluindo a CAIXA DE AREIA. Utiliza, no lugar da caixa de areia, um tecido branco de forma retangular que pode medir até 1,20m por 2,00m. As miniaturas têm 15 cm de altura, tendo por base pequenos cubos de madeira, para que fiquem de pé. Elas representam personagens significativos para o paciente, seus familiares, amigos, figuras que surgem em seus sonhos e também o próprio terapeuta, acompanhados pelos símbolos a eles atribuídos pelo paciente.
Marionetes do Self 
Marionetes do Self, é uma técnica desenvolvida por Carlos Byington a partir da caixa de areia (sandplay). Em psicoterapia permite abordar as questões do paciente e simboliza-las para posterior elaboração. Utiliza miniaturas de seres humanos, animais e objetos variados com o objetivo de facilitar o acesso do paciente a uma representação de seu mundo interior. A visualização da representação intensifica a vivencia e permite expressar o que não é possível pela palavra. Cria um espaço onde os conflitos internos têm uma representação externa e podem ser elaborados.Sobre o aprendizado das Técnicas Expressivas:“É muito difícil, se bem que não impossível, aprender o uso das técnicas expressivas sem vivenciá-las, seja numa terapia pessoal ou em workshops.No entanto, quando não se teve uma experiência com técnicas expressivas na sua
própria análise, elas podem ser aprendidas em grupos, sobretudo em workshops.”
Carlos Amadeu Botelho Byington, Introdução ao Estudo das Técnicas Expressivas pela Psicologia Simbólica Junguiana, disponível em http://www.carlosbyington.com.br/tecnicas-expressivas-psicologia-simbolica/.
Marionetes do Self
O jogo de areia como atividade lúdica, ajuda a restabelecer a capacidade de criar, imaginar e fantasiar, necessárias não só às crianças, mas também aos adultos. Foi aplicado inicialmente como um método terapêutico baseado na Psicologia Analítica de Jung. Os cenários são construídos, utilizando-se miniaturas de seres e objetos do mundo real e fantástico, permitindo uma representação tridimensional não verbal, do mundo interior. A caixa de areia é um espaço livre e protegido que permite entrar em contato com as emoções e fantasias, expressar de forma segura, impulsos e necessidades do indivíduo, facilitando seu desenvolvimento. Na escola, o jogo de areia permite explorar possibilidades de expressão e movimento, bem como desenvolver capacidades perceptivas e criativas das crianças. A técnica pode ser aplicada em psicoterapia, arte terapia, psicopedagogia, atividades educacionais, individualmente ou em grupo
Caixa montada. A fotografia deve conter a caixa toda, de frente
O fundo azul permite representar água e céu.
Imagem da gravação do vídeo:

Vídeo : Conversando sobre  Caixa de areia

A caixa de areia como abordagem terapêutica foi concebida por Margaret Lowenfeld que começou a utilizá-la em 1929, publicando em 1935 o livro que apresentava o desenvolvimento de sua técnica: “World Techniques - Play in Childhood”.
A pediatra Margareth Lowenfeld, passou a experimentar no atendimento infantil, a utilização de caixas com areia e água onde as crianças construíam “pequenos mundos”, o que denominou “World Technique”. Mais tarde, Dora Kalff, analista junguiana, tendo contato com Lowenfeld e sua forma inovadora de atendimento, percebeu que além de ser um recurso interessante para o psicodiagnóstico, brincar com areia e criar “pequenos mundos” com miniaturas poderia ser extremamente útil na psicoterapia infantil. Com algumas mudanças, Kalff desenvolveu seu próprio método que chamou de “Sandplay” ou Jogo de Areia.


O Jogo de Areia tem seus primórdios em jogos de guerra de adultos e crianças, realizados em cenários com miniaturas de soldados e fortes dispostos no chão (Floor Games
O Jogo de Areia tem sua origem em jogos de adultos e crianças, realizados em cenários com miniaturas de soldados e fortes de guerra dispostos no chão. Os livros de Herbert George Wells, Little Wars e Floor Games são umas das inspirações da pediatra Margareth Lowenfeld para o desenvolvimento do Jogo do Mundo, que posteriormente serviu de inspiração para a criação do Jogo de Areia por Dora Kalff. 
Adultos também brincam e se interessam por miniaturas. O Jogo de Areia tem seus primórdios em jogos de guerra de adultos e crianças, realizados em cenários com miniaturas de soldados e fortes de guerra dispostos no chão (Floor Games).Os livros de Herbert George Wells, Little Wars e Floor Games são umas das inspirações de Margareth Lowenfeld para o desenvolvimento do Jogo do Mundo.


Frida Kahlo
Coleção de miniaturas





Indicação de Livro



Fonte:

[1] http://jungnapratica.com/inicio/sandplay-jogo-de-areia-na-infancia-adolescencia-e-fase-adulta/
[2]https://www.facebook.com/ImagensESimbolos?fref=ts

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