quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A Contemporaneidade

Por Rosangela Brunet

O vazio existencial se tornou hoje um desafio para o homem contemporâneo. A contemporaneidade   tem sido  caracterizada pela cultura do excesso, do”fast-food”. A durabilidade  deu lugar ao excesso. Quanto mais  temos,quanto mais intenso ,  mais precisamos ter  em menos tempo,porque nada mais nos satisfaz por muito tempo.Este fenômeno  vêm afetando as relaões afetivas e profissionais, pois isso tem gerados  relações intensa e urgentes substituindo a valorização do que é permanente e essencial.O fato de querermos intensamente e urgentemente alguma coisa nos torna cada vez mais efêmero e vivendo  fenômenos  de difícil avaliação e validaçaõ.


Com a velocidade das mudanças e da globalização tudo tem sido hiper, super, e intensamente rápido.Temos a sensação de que se não estivermos preparadas pra a mudança seremos  engolidos pelo  assombroso sistema. Não temos tempo de entrarmo em contato com o que é essencial , com o outro, consigo mesmo; e deixamos de viver cada detalhes de cada experiência. Falar dessa forma chega ser  uma utopia no meio empresarial e  no mundo capitalista. ” Vivemos na época do hipermercado, do hipercorpo, do hiperconsumo, do hipertexto, dos celulares, computadores, das teleentregas, da internet, de milhões  de  sites e bilhões de páginas”

Esta tudo acontecendo em frações de segundo na cabeça de cada indivíduo  em busca de um “tamponamento”para seu vazio existencial que muitas vezes nem sequer se dão  conta  de que possuem.

Novas demandas e ansiedades surgem diariamente. Um novo celular é lançado a cada semana.Novas epidemais  incontroláveis, catástrofes norteando nossa alma  pelos jornais da manhã.Os produtos transgênicos , a poluição, o aquecimento global, o congresso nacional, a manipulação da mídia . Muitas mudanças, ansiedades , medos e angústias , e ainda assim temos que levantar de manhã  e escolher a roupa adequada, a forma mais educada de falar  á fim de agradarmos os contatos e contratos profissionais  fundamentais para alcançarmos o nosso sucesso. Como disse (BAUMAN, 2004): “O tempo  é  líquido e transitório”
Ainda não estamos falando sobre os valores éticos que certamente já começaram a ruir com a competitividade selvagem e  o capitalismo imperialista e covarde que insiste em nos fazer acreditar que somos livres para escolher e para pensar.
Na verdade todos os dias no centro da cidade vemos uma busca frenética pelo primeiro lugar  contra a corrida do tempo.Na altura deste processo e identidade de cada cidadão  esta sendo um alvo fácil para a opressão deste sistema.
Sabemos da vida de todas as celebridades , falamos com o mundo inteiro na internet,mas estamos correndo o risco de não conhecermos  mais os nossos filhos, de não sabermos com estamos dormindo, e perdendo muito tempo londe de quem realmente amamos
Esta corriada nos       arremessa para bem longe  dos valores éticos e essenciais da vida, e pricipalmente corremos um grande perigo de nos distanciarmos  cada dia mais nso nós mesmos. Falamos de democracia e liberdade, mas somos escravos do medo, do sistema que nos faz trabalhar como escravos, da angústia, da ansiedade e do afastamento de “si mesmo” .



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