Por Rosangela Brunet
O vazio existencial se tornou hoje um desafio para o homem contemporâneo. A contemporaneidade tem sido caracterizada pela cultura do excesso, do”fast-food”. A durabilidade deu lugar ao excesso. Quanto mais temos,quanto mais intenso , mais precisamos ter em menos tempo,porque nada mais nos satisfaz por muito tempo.Este fenômeno vêm afetando as relaões afetivas e profissionais, pois isso tem gerados relações intensa e urgentes substituindo a valorização do que é permanente e essencial.O fato de querermos intensamente e urgentemente alguma coisa nos torna cada vez mais efêmero e vivendo fenômenos de difícil avaliação e validaçaõ.
Com a velocidade das mudanças e da globalização tudo tem sido hiper, super, e intensamente rápido.Temos a sensação de que se não estivermos preparadas pra a mudança seremos engolidos pelo assombroso sistema. Não temos tempo de entrarmo em contato com o que é essencial , com o outro, consigo mesmo; e deixamos de viver cada detalhes de cada experiência. Falar dessa forma chega ser uma utopia no meio empresarial e no mundo capitalista. ” Vivemos na época do hipermercado, do hipercorpo, do hiperconsumo, do hipertexto, dos celulares, computadores, das teleentregas, da internet, de milhões de sites e bilhões de páginas”
Esta tudo acontecendo em frações de segundo na cabeça de cada indivíduo em busca de um “tamponamento”para seu vazio existencial que muitas vezes nem sequer se dão conta de que possuem.
Novas demandas e ansiedades surgem diariamente. Um novo celular é lançado a cada semana.Novas epidemais incontroláveis, catástrofes norteando nossa alma pelos jornais da manhã.Os produtos transgênicos , a poluição, o aquecimento global, o congresso nacional, a manipulação da mídia . Muitas mudanças, ansiedades , medos e angústias , e ainda assim temos que levantar de manhã e escolher a roupa adequada, a forma mais educada de falar á fim de agradarmos os contatos e contratos profissionais fundamentais para alcançarmos o nosso sucesso. Como disse (BAUMAN, 2004): “O tempo é líquido e transitório”
Ainda não estamos falando sobre os valores éticos que certamente já começaram a ruir com a competitividade selvagem e o capitalismo imperialista e covarde que insiste em nos fazer acreditar que somos livres para escolher e para pensar.
Na verdade todos os dias no centro da cidade vemos uma busca frenética pelo primeiro lugar contra a corrida do tempo.Na altura deste processo e identidade de cada cidadão esta sendo um alvo fácil para a opressão deste sistema.
Sabemos da vida de todas as celebridades , falamos com o mundo inteiro na internet,mas estamos correndo o risco de não conhecermos mais os nossos filhos, de não sabermos com estamos dormindo, e perdendo muito tempo londe de quem realmente amamos
Esta corriada nos arremessa para bem longe dos valores éticos e essenciais da vida, e pricipalmente corremos um grande perigo de nos distanciarmos cada dia mais nso nós mesmos. Falamos de democracia e liberdade, mas somos escravos do medo, do sistema que nos faz trabalhar como escravos, da angústia, da ansiedade e do afastamento de “si mesmo” .
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