Por Rosangela Brunet, in Arte & Psicologia
Personas São Como Vestes ou como máscaras
Personas São Como Vestes ou como máscaras
Em sociedade, é importante desenvolvermos nossas personas assim como um ego adequado para que possamos nos relacionar com o coletivo. Devemos ter em mente, a necessidade dessa exigência, não deixando de lado, porém, aquilo que realmente somos. "Temos de descobrir que usamos nossas vestimentas representacionais para proteção e aparência, mas que também podemos nos trocar e vestir algo mais confortável quando é apropriado, e que podemos ficar nus em outros momentos. Se as nossas vestes grudam em nós ou parecem substituir a nossa pele é bem provável que nos tornemos doentes" (Whitmont, p.140).
( BOLETIM CLÍNICO - número 20- julho/2005 - PUC-SP)
Aproveitando o carnaval ,gostaria de falar sobre um tema muito importante; as máscaras que utilizamos para lidar com a vida. Persona= máscaras. A persona é essencial para o ego defender o sujeito. O problema é quando essas máscaras (personas )viram pele
Persona é um termo grego que Jung introduziu em sua obra que gerou a palavra personalidade e que pode ser chamada de máscara. A persona é a forma como nos apresentamos
No teatro grego a persona era uma máscara que se usava como recurso para que os atores gregos , em encenações das tragédias ou comédias pudessem mudar seu personagem. PERSONA também é um arquétipo , que é uma predisposição psíquica universal que estrutura experiências, comportamentos e formas sociais de adaptação ao meio.
No teatro grego a persona era uma máscara que se usava como recurso para que os atores gregos , em encenações das tragédias ou comédias pudessem mudar seu personagem. PERSONA também é um arquétipo , que é uma predisposição psíquica universal que estrutura experiências, comportamentos e formas sociais de adaptação ao meio.
Aproveitando o carnaval esse termo nos remete às máscaras que são usadas. Alexandre F.. Corrêa diz :" `Persona`- Carregamos em nosso cortejo, os nomes, as máscaras, as insígnias... que nos singularizam... brincar ou brigar na folia"
Carl Gustav Jung fala da persona de uma forma que podemos fazer uma analogia com as máscaras/fantasia que utilizamos no carnaval, as quais revelam atitudes , demonstrações mais exagerada e externas do sujeito se apresentar nessa época
Podemos observar aqueles comportamentos mais escondidos que aparecem junto com a fantasia, vemos os afetos que nascem e apontam para complexos inconscientes.
As máscaras ajudam a representar sistema de idéias que fora condicionado pela sociedade e pela tradição, mas que podem ter sido rejeitado ou aceito pelo sujeito e pelo social
Ou seja, a Persona é arquétipo que podemos dizer, que na nossa prática diária usado pelo ego para a adaptação social.
Esse processo é doloroso e complexo,.Por isso, gostaria de deixar um texto que li hoje e gostei muito, pois reflete essas nuances e complexidade no momento em que estamos passando por um processo de despertamento, individuação, autoconhecimento, busca do nosso verdadeiro Eu.
Esse processo é doloroso e complexo,.Por isso, gostaria de deixar um texto que li hoje e gostei muito, pois reflete essas nuances e complexidade no momento em que estamos passando por um processo de despertamento, individuação, autoconhecimento, busca do nosso verdadeiro Eu.
Pode levar muito tempo até que possamos resgatar a nós mesmos da história que tivemos. É preciso tempo para poder re-escrever: aprender a incluir sem se deixar invadir; a excluir sem excluir a si mesmo. Ou ao outro. A dizer sim e não, separadamente e conjuntamente. Os processos mais necessários, aqueles que são fundamentais porque fundadores da nossa existência verdadeira no mundo precisam de tempo. Enquanto caminhamos, vamos descobrindo e resgatando pedaços de memórias que nos colonizavam, vamos entendendo o que não podíamos entender. Vamos aceitando mais e melhor o que pode e o que não pode ser feito, falado, pensado, sentido, mudado. Mas, acima de tudo, descobrimos que há algo em nós que não precisa ter pressa. Está lá, sempre esteve lá. Nossa alma espera pela gente. Espera que nos curemos. Espera que aprendamos a crescer para dentro. Uma vida são suturas. " Evelin Pestana, psicanalista (1)
Sendo assim, a máscara deve ser entendida não somente como uma forma de defesa do ego, de magia, mas como essencial representação de nossa identidade.
A experiencia da construção das máscaras acontece á partir do arquétipo Persona, e se inicia desde a infância. A Persona , em sua existência, possibilita o diálogo com nossos “outros” internos que nos habitam, nos permitindo tomar consciência dos papéis que precisamos desempenhar na vida
Segundo ARCURI, 2004, " ao dialogar com nossos personagens internos, entramos em contato com aspectos não reconhecidos da psique, ampliando assim, a percepção de si-mesmo e “abrindo espaço para a troca com o outro dentro e fora de nós”
Enfim, as máscaras estão intimamente ligadas ao inconsciente, pois o que não é revelado, visto e aceito, é projetado nas relações com o outro externo, pois não há consciência desses outros internos que nos habitam
Fontes Bibliográficas
(1) Casa Aberta, Evelin Pestana :https://www.facebook.com/casaaberta.art.br/?__tn__=%2Cd%2CP-R&eid=ARC09xuTN61U0hC2IcBG27NUVN2_bJwNQi5H9lz--p08A-WrCRfEcwKpYmsJ2SGKDBuN2OxrfLAMf9yg
A experiencia da construção das máscaras acontece á partir do arquétipo Persona, e se inicia desde a infância. A Persona , em sua existência, possibilita o diálogo com nossos “outros” internos que nos habitam, nos permitindo tomar consciência dos papéis que precisamos desempenhar na vida
Segundo ARCURI, 2004, " ao dialogar com nossos personagens internos, entramos em contato com aspectos não reconhecidos da psique, ampliando assim, a percepção de si-mesmo e “abrindo espaço para a troca com o outro dentro e fora de nós”
Enfim, as máscaras estão intimamente ligadas ao inconsciente, pois o que não é revelado, visto e aceito, é projetado nas relações com o outro externo, pois não há consciência desses outros internos que nos habitam
"Ao vivermos na inconsciência, na escuridão do lado de dentro das nossas máscaras, não compreendemos os mecanismos pelos quais passamos. Ao nos apropriarmos de um saber maior sobre nós mesmos por meio do autoconhecimento, seja na psicoterapia ou em trabalhos vivenciais, passamos a compreender os diversos mecanismos que utilizamos como forma de defesa, como o da projeção, por exemplo, podendo, desta forma, nos tornar seres mais responsáveis por nossos comportamentos e atitudes." (Lilian Meyer Frazão)
Fontes Bibliográficas
(1) Casa Aberta, Evelin Pestana :https://www.facebook.com/casaaberta.art.br/?__tn__=%2Cd%2CP-R&eid=ARC09xuTN61U0hC2IcBG27NUVN2_bJwNQi5H9lz--p08A-WrCRfEcwKpYmsJ2SGKDBuN2OxrfLAMf9yg
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