quarta-feira, 14 de novembro de 2018

O inesperado me captura no acontecimento.






Por Rosangela Brunet

Na escrita vazia  e frases sem sentido se esconde o mistério da vida.
Ainda que a folha em branco nos cegue a luz do sol revela a inspiração de um coração contido
O muro que separava a dor da alegria se desfaz deslizando perfumes que a alma insistia em esconder
Obra de Alan Hurley  
O tempo urge,agora,a desvendar o lugar do descanso.
O nada se apresenta diante da escolha de um Ser que transmuta o horizonte da existência.
O inesperado me captura no acontecimento.
A surpresa ante o desconhecido me apavora.
E eu escrevo porque isso me salva quando o vazio me assalta.
O que se vê se esconde no céu nublado de minhas esperanças.
Nas folhas brancas temidas reluz o espectro da forca que foi enterrada por textos mal entendidos.
Que palavra é essa que não possui a forma que  conheço?
Que significado meu olhar desperta quando não entendo o que sinto ,mas    
um verso novo se apresenta?



As palavras choviam
versos que deslizavam em meu ser
O frio corria nas veias enquanto as dúvidas gotejavam poesias 
Desconfiava das promessas de futuros incertos
Enquanto o céu prometia cumprir sua lei
Os sonhos invadiam meu sangue
Os ventos penetravam regiões que, antes ,abrigavam meu conforto
Meus olhos anunciavam novidades brilhantes
Suaves lembranças derretiam os ânimos mais congelados 
Despertavam os sorriso    adormecidos na noite de dor

Desconcertada , procurava disfarçar uma alegria boba que renascia de universos escuros que ,nesse instante eram invadidos pela mania de viver...
 

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