sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Sobre Arte e Mistérios

Por Rosangela Brunet

"Vivemos em um mundo onde há muita coisa pronta, muitas respostas, muitas prescrições de como ser e viver, mas carente de espaço para a vivência do mistério, do silêncio, da possibilidade de questionar, inventar e contemplar" CARDELLA, 2009
Uma foto de parte da coleção que tenho sobre os gênios da arte que admiro.
Falta Kandinsk, Paul Klee, Sabastião Salgado, etc, etc,etc,.....
A arte tem   a missão de nos levar além da imaginação . Vincent Van Gogh disse,uma vez : ."Procura compreender o que dizem os artistas nas suas obras-primas, os mestres sérios. Aí está Deus..... Quando sinto uma terrível necessidade de religião, saio à noite para pintar as estrelas."
A arte é meu caminho de conexão com o mundo, com quem sou e com Deus. A arte é a ponte que atravessa a realidade expressada em cores,formas e imagens. Há realidades em preto e branco, outras são pintadas com espectro de cores da alma. Cada um coloca no mundo sua arte de Ser, mesmo que não perceba. A arte fala daquilo que é o inominável, desconhecido, e até mesmo ,sobre aquilo que evitamos enxergar. A arte é uma ponte que liga,mas também denuncia. Ela diz sem falar. Tem mania de grandeza, pois não suporta pensamentos engessados. A razão se confunde com ela. Os cientistas não podem interpretar o que ela diz, não capturam sua explicação. Não conseguem definir o que escapa porque a arte foge da racionalidade e não vive de regras normativas. Tudo que ela sabe precisa ser desvendado com um olhar e uma percepção cujo cérebro nada sabe. Por isso Ferreira Gullar disse: “a arte existe porque a vida não basta” A arte ajuda-nos entender que somos muito além daquilo que podemos explicar "Por isso, desejo a todos  vocês uma vida  de Bethoven tocando a nossa alma, um quadro de Van Gogh no peito, o Ballet de Pina Bauch nos olhos desfazendo todas as dúvidas, criando portas de emergências, e achando saídas para todos os problemas . E, por fim, que no final de cada dia possamos olhar para nossas mãos e termos a paz de um Renoir e a firmeza da escultura de Rodin, cuja história é cheia de beleza e muita paixão
(Rosangela Brunet)

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