segunda-feira, 26 de abril de 2021

O Homem Moderno e sua Busca pela felicidade

Por Rosangela Brunet

O Homem Moderno e a Felicidade



"A mulher ocidental não tinha um lugar, mas na polis a mulher era o terceiro escalão, é um prenúncio da escravidão....racismo, feminismo, movimentos sociais estão pautados nessa conversa...é uma luta da modernidade para falar sobre a democracia. Junto com essas premissas vem também a lógica da lógica Judaico-cristão. Temos aí 1500 anos, que radicaliza a mulher como fora de direito pleno, por ser a ,mediação com o pecado, e isso faz a gente perder o paraíso, é a sedução, é o conluio com a serpente, ée o que o corpo em si pode causar., O cristianismo vai fazer a repressão do corpo e da carne sobretudo do corpo feminino, um corpo desejante e maternidade, que só só é possível entre a sacralidade do materno a puta, a prostituta. Essa cisão esta ainda na base do nosso imaginário ainda hoje : O erotismo e a maternidade. A gente esta tentando recosturar isso que foi rasgado. Desde o sec XVII estamos rever isso dizendo que somos todos iguais perante a lei, sexo, religião, etnia, classe ,cor de pele, jeito, formato. A mulher moderna é essa que pode dizer que pode existir. Ai a gente encontra as lutas, o feminismo, as reformulações relativamente recentes. Temos ai o iluminismo do sec XVII com a revolução francesa, revolução norte americana ,que vai fechar isso com essa ideia da igualdade, liberdade e fraternidade. Um tripé qu vai nos dar um lugar de subjetividade: sujeitos plenos de direito acontece ai. Isso acontece como narrativa, mas como realidade estamos caminhando com a revolução indústria, revolução técnica, a máquina. No sec XIX estoura tudo. A mulher do futuro é o que já recebeu tudo isso e vai contemplar a existência do outro" (Maria Lucia Homem ,psicanalista)

Este texto tem como objetivo refletir sobre a Felicidade e o Homem Moderno, o qual busca por felicidade, mas não vem sabendo como encontrá-la. Desejo promover um espaço de reflexão com o objetivo de promover uma atitude decisiva quanto a ser quem se é, experimentar a possibilidade de ser livre, e assim viver uma vida mais plena e realizada
No nosso mundo moderno temos liberdade, espaço, dinheiro e infinitas propostas de felicidades, mas nenhuma dessas alternativas vem sendo suficientemente boa para esse homem se sentir realizado e feliz como sujeito. Nunca se viu tanto suicídio ou pessoas em estado depressivo como agora. Ainda estamos passando por um tempo de transição, onde pessoas que saíram da época da repressão sofreram muito, pois não podiam falar sobre seus desejos e, assim, podemos lembrar o que a psicanálise chama de Sintoma Social: Histeria. Nessa época as mulheres não podiam falar ou sequer realizar seus desejos. Essa libido era convertida para o corpo e evoluía para uma histeria.
Hoje o sintoma Social é a Depressão, o Transtorno de Ansiedade, a Síndrome do Pânico, a Síndrome de Burn Out ou o Pensamento Acelerado.
Na época da escravidão os escravos sabiam o que queriam, só não podiam realizar. Hoje podemos realizar o que queremos; podemos falar o que for necessário; o sexo foi liberado. As mulheres não precisam mais reprimir seus desejos, mas os sintomas do homem moderno falam de um sujeito que não sabe desejar, mesmo com toda a liberdade e facilidade de escolha. Isso ocorre em função de um fenômeno que tem a ver com um homem que se tornou distante de si mesmo e , portanto, não sabe discernir entre seu próprio desejo e o desejo do outro. Ou seja, são escravos e não tem consciência disso.


Como diz Aldous Huxley " A ditadura perfeita terá a aparência de democracia, uma prisão sem muros onde os prisioneiros não sonharão sequer com a fuga.Um sistema de escravatura, onde graças ao consumo e ao divertimento , os escravos terão amor à sua escravidão"
Depois da revolução industrial, Iluminismo, revolução protestante, avanço da tecnologia e da ciência, as mulheres saíram de casa e se tornaram “livres”. Conquistaram lugares jamais alcançados. Sabemos que ainda há muito o que fazer, pois além dos feminicídios, as mulheres tem 3 jornadas de trabalho e precisam trabalhar muito para provar seu valor na grande maioria de empresas. Apesar disso já vencemos muitas barreiras, quebramos muitos muros e pagamos um preço muito alto para isso, mas ainda temos muito tempo e liberdade para lutamos mais ainda. Mesmo assim, com o advento da liberdade, as mulheres tiveram dificuldade de lidar com essa liberdade, abrindo mão de sua feminilidade e gerando filhos também com muita dificuldade de lidar com os homens, pois viram suas mães lutando e sofrendo por igualdade e liberdade.
Mesmo diante de tanto avanço surge, então, um fenômeno entre mulheres executivas e outras que que conquistaram uma posição muito alta nas empresas. Se realizaram profissionalmente, conquistaram lugares almejados, mas mesmo assim não se sentem felizes.
Eu incluo os homens também quando me refiro ao sofrimento e a busca pela felicidade quando me refiro ao homem moderno. Apesar das questões e necessidades serem diferentes, ambos estão sofrendo da mesma exaustão; buscam uma felicidade que não conseguem nomear, outros buscam refúgios em drogas lícitas ou ilícitas; e temos ainda aqueles ou estão vivendo no piloto automático. Estão tão distantes de si mesmo que não conseguem parar. Vivem em um eterno ativismo para tamponar um vazio que não conseguem reconhecer.
Eu posso explicar parcialmente este fenômeno, inicialmente da seguinte forma: O homem moderno se distanciou de si mesmo e, essa falta de autoconhecimento impede deles entenderem qual é o seu verdadeiro desejo. Como diz Jacques Lacan: “O desejo é o desejo de outro desejo”. Nada é estanque. Há um processo contínuo de autodescoberta e de auto realização. O desejo não é uma seta apontada para um objeto, e sim o movimento que nos faz sair do lugar. Não adianta trabalhar a vida toda e chegar no lugar almejado. Isso não faz uma pessoa feliz. Isso promove apenas uma satisfação e realização temporária. O desejo é muito mais movimento, mas pessoal e não pode ser determinado pelo outro.
Aí entra outra questão que explica essa busca frenética pela felicidade a qualquer preço.
Eu te pergunto: Você se move por seu próprio desejo ou pelo desejo do outro? Não vivemos em um imperialismo onde somos tutelados por um Estado/Clero, mas vivemos em um sistema econômico onde se tornou um tutor velado. Vivemos e fazemos o que é ditado por uma sociedade consumista e por uma cultura da imagem, onde o Ter é o que vale mais do que o Ser.
A Pandemia mostrou isso claramente. Valores tiveram que ser revistos. Famílias voltaram a se encontrar, os pais precisaram aprender a conhecer seus filho. Os divórcios triplicaram e o sofrimento emocional aumentou, pois fomos forçados a olharmos no espelho e lidarmos com a solidão gerada pela falta de contato consigo mesmo.
Deixo aqui algumas perguntas para vocês refletirem: Você é feliz? Você sabe o que te faz feliz? O que você deseja realmente para você Hoje na tua Vida? Você se satisfaz com suas realizações profissionais ou com suas conquistas financeiras?
Esse é o meu trabalho: Oferecer um serviço que vai te facilitar nesse processo de responder estas perguntas, onde você poderá se encontrar consigo mesmo, descobrir qual é o seu verdadeiro desejo e o que realmente te faz feliz.

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