quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A Transformação das Pedras


A angústia da Transformação

  
O despertar da Consciência






Veja os Vídeos : Stone Balance Art.ll_by Tamas Kanya.Hungary




Depois das Transformações eu Ofereço ao Mundo aquilo que sou e tenho para dar





A Beleza do Amor depois de 60 anos de casados

Fotografia Victor Moura Fotografias














Fonte : http://noticias.r7.com/distrito-federal/fotos/bombando-na-web-idosos-comemoram-60-anos-de-casados-em-ensaio-e-viram-hit-nas-redes-sociais-29102015#!/foto/15

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Fotógrafo 'apaga' smartphones de imagens para mostrar como a hiper conectividade nos tornou solitários



O fotógrafo norte-americano Eric Pickersgill removeu os smartphones e outros dispositivos digitais de alguns retratos cotidianos para criar a série “Removed”.
O objetivo do trabalho é mostrar como a tecnologia e a hiper conectividade estão deixando as pessoas isoladas e solitárias.
A inspiração para criar o projeto veio de uma cena observada num café em Nova York em que uma família sentada perto dele mostrava-se humanamente 'desconectada' mas digitalmente conectada.
Segundo ele, não havia muita conversa, o pai e as duas filhas estavam com seus smartphones na mão enquanto a mãe não tinha ou optou por não utilizar o seu e olhava tristemente pela janela, solitária na companhia de sua própria família, enquanto o pai soltava comentários esporádicos e sem sentido sobre alguma coisa que surgi em sua tela.
Veja as imagens:



















https://aoquadrado.catracalivre.com.br/impacto/fotografo-apaga-smartphones-de-imagens-para-mostrar-como-a-hiper-conectividade-nos-tornou-solitarios/?utm_source=soclminer&utm_medium=soclshare&utm_campaign=soclshare_facebook

Edward Honaker

ESSAS FOTOS MOSTRAM O SENTIMENTO DE QUEM SOFRE DE DEPRESSÃO



Para Edward Honaker, um fotógrafo de 21 anos, sofrer de depressão e ansiedade é como ter uma guerra dentro de seu cérebro.
“O que eu percebi é que eu passei a ser ruim em coisas em que eu costumava ser bom, e eu não sabia por quê,” disse ele, “Sua mente é quem você é, e quando ela não funciona corretamente, é assustador.”
Só depois de seu diagnóstico, há dois anos que Honaker começou a entender o que estava acontecendo em sua mente. Foi quando ele pegou sua câmera para transformar suas emoções em algo tangível. O resultado é uma série de auto-retratos que capturam sua experiência pessoal com a depressão.
“É meio difícil sentir qualquer tipo de emoção quando você está deprimido, e eu acho que a boa arte pode definitivamente mover as pessoas”, disse ele.
Honaker espera que seu projeto inspire outros a não só ter uma conversa sobre a doença mental, mas conscientizar as pessoas a serem mais tolerantes com aqueles que lutam contra ela.
“Quando eu estava fazendo meu portfólio, eu me perguntava se eu era o tipo de pessoa a quem os outros se sentiriam confortáveis ​​para conversar se estivessem passando por um momento difícil” explicou. “Sinceramente, no momento, eu não acho que eu era. Eu ainda tenho um bom caminho a percorrer, mas toda a experiência me fez muito mais paciente e compreensivo para com os outros.”


A proposta de Honaker é bem importante para levantar a discussão, principalmente porque o sexo masculino é bem menos propenso a conversar sobre e buscar ajuda.
“Eu acho que uma maneira muito útil para acabar com o estigma em torno da doença mental é estar lá para ajudar outras pessoas que possam sofrer disso”, frisou. “Você nunca sabe o que os outros estão passando, por isso tudo que você realmente pode fazer é ser gentil e não condenador.”
Dê uma olhada na série de retratos do fotógrafo, eles são um poderoso lembrete de que, embora a experiência de cada indivíduo com depressão é pessoal, os sentimentos podem ser universal.







Fonte : http://addictable.com.br/2015/09/16/ensaio-depressao/

Um Porta Retrato e uma longa história pra contar

Tirando a poeira de um porta retrato e olhando para trás; vendo uma vida inteira passando na minha mente. Têm-se que ter maturidade para entender o que foi dito naquele momento e seu significado... "Ah, meu pai. Um amigo sem interesse. Duro com as palavras e poderoso com os sentimentos." Olhando aquele registro inesquecível das marcas e os detalhes de suas mãos é impossível não chorar de saudades. Ele já não era mais jovem, mas "suas maos sempre firmes como sempre... Protetoras. Mãos que nunca nos abandonaram e nunca nos largaram na correnteza. É... E assim, os pais viram avós e os filhos viram pais. E tudo passa", vira história cheia de saudade e ficam as lembranças .."A incógnita vagante"...o amor ,então, vira herança e se distribui entre nós que ficamos aqui até nos reencontramos novamente

(Textos inspirado e misturado com Alex Calheiros)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Arquétipo da Bruxa

Por Hellen Reis Mourão
Nessa nova safra de produções de filmes e séries com a temática de contos de fadas, uma questão interessante se apresenta na forma de uma figura: A figura da bruxa!Em todas as produções recentes, a bruxa, ou madrasta é sempre mais sedutora, mais interessante ou até mesmo mais bonita que a princesa.
E se observarmos os contos de fadas mais famosos, como Cinderela, Branca de Neve, Bela Adormecida, Rapunzel, a figura da bruxa está sempre presente. É uma figura que aparece repetidamente apenas mudando a roupagem.Mas porque as bruxas seduzem tanto? Porque elas atraem tanto o nosso imaginário?
Para entendermos essa questão é importante atentarmos que se trata de um arquétipo. A bruxa/madrasta representa uma faceta do arquétipo da Grande Mãe.

No arquétipo da Grande Mãe estão inseridas a bruxa ou madrasta (a mãe diabólica, terrível), a velha sábia e a deusa que representa a fertilidade (aspectos da mãe boa).
A imagem da boa mãe representa tudo o que é belo e puro, já a mãe terrível representa aquilo que é ligado à destrutividade, à bruxaria e à animalidade.
Segundo Newman, em A Criança, o aspecto da Mãe Terrível liga-se à morte, ruína, aridez, penúria e esterilidade.
Infelizmente, com a cristianização de nossa sociedade, o aspecto diabólico da bruxa foi reprimido da imagem da Grande Mãe. Sua imagem se tornou unilateral, sendo a maior representante dessa imagem a Virgem Maria.

De acordo com Marie Louise Von-Franz, em A sombra e o mal nos contos de fadas, a bruxa é a Deusa-Mãe negligenciada, a Deusa da terra, a Deusa-Mãe em seu aspecto destrutivo.
Nisso percebe-se que todo o aspecto ctônico, toda sedução e sexualidade femininas foram suprimidas e associadas à imagem da bruxa, da feiticeira.
Entretanto, é um aspecto extremamente necessário para o desenvolvimento psicológico e para o processo de individuação.
Nos contos de fada citados, geralmente o pai (elemento masculino) é fraco ou inexistente, sendo somente redimido, após o enfrentamento da heroína com a bruxa, possibilitando a chegada do príncipe. E a mãe boa morre, dando lugar a bruxa ou madrasta, que passa a persegui-la e humilhá-la.
Entretanto, a bruxa é extremamente importante para o desenvolvimento da princesa. Sem ela não há narrativa, não há estória. Sem ela a princesa não sairia do lugar. Ela é uma força motriz que força a individuação.
Portanto, é a sombra da boa mãe negligenciada, que torna a heroína ou princesa tridimensional.
Em termos individuais a mãe terrível nos força a sair da zona de conforto. O ser humano sempre busca o prazer e o aconchego doa braços da boa mãe, e ele sempre tende a se tornar inerte nesse estado paradisíaco. Entretanto nele, não há desenvolvimento. Sem a mãe terrível para nos expulsar do paraíso não progrediríamos.



Ao aceitar o desconforto, o sofrimento e as limitações impostas pela bruxa, podemos nos desenvolver em direção a uma totalidade, capaz de integrar o bom e o ruim, o agradável e o desagradável.
Portanto, sem ela não podemos conhecer os opostos.
Além disso, a bruxa possui um caráter numinoso e por isso ela é fascinante. Ela á aterradora, pois pode manter a consciência em cativeiro, mas extremamente atraente.
Não é a toa que as produções de contos de fada hoje dão ênfase a esse personagem. Sua força enquanto mobilizadora do desenvolvimento é tremenda. Nossa consciência coletiva clama pela totalidade para que possamos dar um avanço em nosso processo de individuação e em nosso desenvolvimento coletivo.(Autora: Hellen Reis Mourão,é analista Junguiana e especialista em Mitologia e Contos de Fadas.
 Atua como psicoterapeuta, professora e palestrante de Psicologia Analítica em SP e RJ)

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Hannah Arendt - Banalidade do Mal

Banalidade do Mal


No ano de 1961, 15 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, inicia-se em Israel o julgamento de Adolf Eichmann por crimes de genocídio contra os judeus, durante a guerra. O julgamento intensamente mediatizado, é envolvido por muita polêmica e controvérsia. Quase todos os jornais do mundo enviam correspondentes para cobrirem as sessões, tornadas públicas pelo governo israelense. Uma das correspondentes presentes ao julgamento, como enviada da revista The New Yorker, é a filósofa alemã, naturalizada norte-americana, Hannah Arendt.

Além de crimes contra o povo judeu, Adolf Eichmann foi acusado de crimes contra a Humanidade e de pertencer a uma organização com fins criminosos. O réu se declarou "inocente no sentido das acusações". No entanto, foi condenado por todas as quinze acusações que pesavam contra ele e enforcado em 1962, nas proximidades de Tel Aviv.[1]





Em 1963, com base em seus relatos escritos para The New Yorker, sobre o julgamento, Arendt publica um livro - Eichmann em Jerusalém. Nele, ela descreve não somente o desenrolar das sessões, mas faz uma análise do "indivíduo Eichmann". Segundo ela, Adolf Eichmann não possuía um histórico ou traços antissemitas e não apresentava características de um caráter distorcido ou doentio. Ele agiu segundo o que acreditava ser o seu dever, cumprindo ordens superiores e movido pelo desejo de ascender em sua carreira profissional, na mais perfeita lógica burocrática. Cumpria ordens sem questioná-las, com o maior zelo e eficiência, sem refletir sobre o Bem ou o Mal que pudessem causar.

Em Eichmann em Jerusalém, Arendt retoma a questão do mal radical kantiano, politizando-o (ver: ponerologia). Analisa o mal quando este atinge grupos sociais ou o próprio Estado. Segundo a filósofa, o mal não é uma categoria ontológica, não é natureza, nem metafísica. É político e histórico: é produzido por homens e se manifesta apenas onde encontra espaçoinstitucional para isso - em razão de uma escolha política. A trivialização da violência corresponde, para Arendt, ao vazio de pensamento, onde a banalidade do mal se instala.[2] [3]


Hannah Arendt
Nós, o Brasil e a banalidade do mal



Por Marcia Tiburi

Hannah Arendt, filósofa que dá nome ao filme de Margarethe von Trotta, é autora de uma das obras filosóficas mais importantes do século 20. A diretora opta por retratar a filósofa como uma pessoa comum, a professora envolvida com seu trabalho acadêmico, suas aulas e pesquisas. Fixa o enredo do filme no período em que Hannah Arendt escreveu seu polêmico Eichmann em Jerusalém. Tenta mostrar o que se passava com a filósofa, o cenário que a motivou a escrever o livro cujo conteúdo foi tomado por muitos como um escândalo. O motivo era a análise desmitificatória de Adolf Eichmann, o carrasco nazista capturado na Argentina e julgado em Jerusalém em 1962. Esperava–se desse homem que fosse um monstro, um ser maligno, um louco, cruel e perverso. A percepção de Arendt acerca do caráter desse personagem histórico, de sua postura comum que o fazia igual à tanta gente, causou mal estar.

Foi justamente a postura de Eichmann que permitiu a Arendt cunhar a ideia tão curiosa quanto crítica relativa à “banalidade do mal”. Por banalidade do mal, ela se referia ao mal praticado no cotidiano como um ato qualquer. Muitas pessoas interpretaram a visão de Arendt como uma afronta à desgraça judaica, enquanto ela – filósofa descomprometida com qualquer tipo de facção, religião, partido ou ideologia – tentava entender o que realmente se passava com a subjetividade de um homem como Eichmann.

Arendt não tomava sua condição de judia como superior à sua posição como pensadora comprometida com a compreensão de seu tempo. A condição judaica era, para ela, condição humana. Não menos, não mais. O problema da subjetividade, das escolhas éticas que implicam liberdade e responsabilidade, era a questão central no momento em que se tratava de pensar e realizar a política.

A performatividade da tese

No filme, fica claro que aqueles que se manifestaram furiosos ou ofendidos contra a tese de Arendt de fato não a compreenderam. Isso porque a tese da banalidade do mal é uma tese difícil, não por sua lógica, mas por seu caráter performativo. Aquele que é confrontado com ela precisa fazer um exame de sua consciência particular em relação ao geral e, portanto, de seus atos enquanto participante da condição humana. A banalidade do mal significa que o mal não é praticado como atitude deliberadamente maligna. O praticante do mal banal é o ser humano comum, aquele que ao receber ordens não se responsabiliza pelo que faz, não reflete, não pensa. Eichmann foi caracterizado por Arendt como uma pessoa tomada pelo “vazio do pensamento”, como um imbecil que não pensava, que repetia clichês e era incapaz de um exame de consciência. Heidegger, o filósofo nazista que diz ter se arrependido de aderir ao regime, era, no entanto, um gênio da filosofia e, contudo, não era diferente de Eichmann.

Aterrador, no entanto, é que entre Eichmann, o imbecil, e Heidegger, o gênio, esteja o ser humano comum. Eichmann não era diferente de qualquer pessoa, era um simples burocrata que recebia ordens e que punha em funcionamento a “máquina” do sistema, do mesmo modo que cada um de nós pode fazê-lo a cada momento em que, liberado da reflexão que une, em nossa capacidade de discernimento e julgamento, a teoria e a prática, seguimos as “tendências dominantes” como escravos livres, contudo, de si mesmos. Sair da banalidade do mal é fazer a opção ética e responsável na contramão da tendência à destruição que convida constantemente cada um a aderir.

A banalidade do mal é, portanto, uma característica de uma cultura carente de pensamento crítico, em que qualquer um – seja judeu, cristão, alemão, brasileiro, mulher, homem, não importa – pode exercer a negação do outro e de si mesmo.

Em um país como o Brasil, em que a banalidade do mal realiza-se na corrupção autorizada, na homofobia, no consumismo e no assassinato de todos aqueles que não têm poder, seja Amarildo de Souza, seja Celso Rodrigues Guarani–Kaiowá, uma parada para pensar pode significar o bom começo de um crime a menos na sociedade e no Estado transformados em máquina mortífera.[1]

[1] Enciclopédia Wikpédia
[2]Revista Cult


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Sobre Arte e Mistérios

Por Rosangela Brunet

"Vivemos em um mundo onde há muita coisa pronta, muitas respostas, muitas prescrições de como ser e viver, mas carente de espaço para a vivência do mistério, do silêncio, da possibilidade de questionar, inventar e contemplar" CARDELLA, 2009
Uma foto de parte da coleção que tenho sobre os gênios da arte que admiro.
Falta Kandinsk, Paul Klee, Sabastião Salgado, etc, etc,etc,.....
A arte tem   a missão de nos levar além da imaginação . Vincent Van Gogh disse,uma vez : ."Procura compreender o que dizem os artistas nas suas obras-primas, os mestres sérios. Aí está Deus..... Quando sinto uma terrível necessidade de religião, saio à noite para pintar as estrelas."
A arte é meu caminho de conexão com o mundo, com quem sou e com Deus. A arte é a ponte que atravessa a realidade expressada em cores,formas e imagens. Há realidades em preto e branco, outras são pintadas com espectro de cores da alma. Cada um coloca no mundo sua arte de Ser, mesmo que não perceba. A arte fala daquilo que é o inominável, desconhecido, e até mesmo ,sobre aquilo que evitamos enxergar. A arte é uma ponte que liga,mas também denuncia. Ela diz sem falar. Tem mania de grandeza, pois não suporta pensamentos engessados. A razão se confunde com ela. Os cientistas não podem interpretar o que ela diz, não capturam sua explicação. Não conseguem definir o que escapa porque a arte foge da racionalidade e não vive de regras normativas. Tudo que ela sabe precisa ser desvendado com um olhar e uma percepção cujo cérebro nada sabe. Por isso Ferreira Gullar disse: “a arte existe porque a vida não basta” A arte ajuda-nos entender que somos muito além daquilo que podemos explicar "Por isso, desejo a todos  vocês uma vida  de Bethoven tocando a nossa alma, um quadro de Van Gogh no peito, o Ballet de Pina Bauch nos olhos desfazendo todas as dúvidas, criando portas de emergências, e achando saídas para todos os problemas . E, por fim, que no final de cada dia possamos olhar para nossas mãos e termos a paz de um Renoir e a firmeza da escultura de Rodin, cuja história é cheia de beleza e muita paixão
(Rosangela Brunet)

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O Despertar de Adônis, de John William Waterhouse (1900)


"Porque pertenço à raça daqueles que mergulham de olhos abertos E conhecem o abismo pedra por pedra, anémona por anémona, flor por flor." (Sophia de Mello Breyner Andresen)

Anémona é uma flor selvagem, silvestres, nasce em lugares montanhosos e produz flores coloridas.
Na Wikia Fantastipedia achei uma curiosa história sobre este nome "anêmona" . No site eles abordam o conceito e a origem da palavra . Segundo eles "anêmona é uma planta   das  espécies do gênero Anemone, da família das ranunculáceas, nativas da Europa, Ásia, regiões montanhosas da África oriental e austral e das Américas, várias das quais são conhecidas e cultivadas como ornamentais ou por propriedades medicinais. São ervas perenes, de clima temperado, com um rizoma subterrâneo. Do caule podem brotar uma ou várias flores, que podem ser brancas, vermelhas, azuis ou, mais raramente, amarelas..Seu seu nome vem do vocábulo semita Naaman, "Querido", epíteto do deus semita Tammuz, identificado pelos gregos como Adônis (nome também de origem semita, 'adon, "senhor"), cujo sangue teria dado origem à flor; a palavra foi relacionada, pela etimologia popular, ao grego anemôné "vento". Os árabes chamam às anêmonas de "feridas de Naaman. 
O Despertar de Adônis, de John William Waterhouse (1900)



Esta flor tem um  caráter efêmero e vem tamb´me do  grego, significa vento. Alguns  falam desta flor porque nascem do vento e são levadas por ele. Passa um sentido de " oscilações das paixões e aos caprichos dos ventos." Na mitologia grega, Afrodite apaixonou-se por Adônis, mas Ares, ciumento de Afrodite, enviou um javali para matar Adônis, que lhe desferiu um golpe fatal na anca de Adônis. Então Afrodite transformou seu amante Adônis em uma anêmona vermelho-púrpura, conforme descreveu Ovídio nas Metamorfoses:Ela derrama no sangue do mancebo um néctar perfumado; com esse contato, o sangue borbulha como as folhas transparentes que, do fundo de um lamaçal, sobem à superfície de suas águas amarelentas. Menos de uma hora se escoara quando, desse sangue, nasce uma flor de cor idêntica, semelhante à da romã que esconde seus grãos debaixo de uma macia casca. Contudo, não se pode apreciá-la por muito tempo, pois mal presa e leve demais, ela cai, arrancada por aquele que lhe dá seu nome, o vento.Na Bíblia, Segundo alguns autores, a anêmona deve ser identificada ao "lírio dos campos", do qual tanto se fala tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Não havia lírios brancos nos campos da Palestina, mas a anêmona era e é muito comum. O Cântico dos Cânticos faz alusão, ao "lírio dos campos", ao "lírio do vale" (ḥăḇaṣṣeleṯ): cresce entre os espinhos, encontra-se nos jardins. No "Sermão da Montanha", quando Jesus fala do "lírio dos campos" (grego krinia) poderia estar se referindo à anêmona. Mas outras identificações também têm sido propostas para essas flores bíblicas.
Tempos modernos .Na simbologia vitoriana, a anêmona representa abandono ou uma esperança que está morrendo.Segundo Chevalier e Gheerbrant, é uma flor solitária cuja cor viva atrai o olhar. Sua beleza está ligada à sua simplicidade, suas pétalas vermelhas evocam lábios que o sopro do vento entreabre. Assim, mostra-se dependente da presença e do sopro do espírito, símbolo da alma aberta às influências espirituais. Mas pode ser também, no aspecto noturno, símbolo de beleza ofertada e precária, forte como sua cor, e frágil como um corpo que não contém alma. Flor de sangue desabrochada pelo vento e que o vento pode elvar, ela mostra também a riqueza e a prodigalidade da vida e, ao mesmo tempo, sua precariedade.A Anemone coronaria (kalanit em hebraico) é uma das flores mais conhecidas e queridas em Israel. Na época do domínio britânico sobre a Palestina, os judeus apelidavam os soldados britânicos de kalaniyot por causa de suas boinas vermelhas." [1]


Conheça mais as obras de John William Waterhouse no link : https://laexuberanciadehades.wordpress.com/2012/03/31/john-william-waterhouse/

Referências
[1] http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/An%C3%AAmona
Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Dicionário de Símbolos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.
Sir James George Frazer, The Golden Bough [1]
Wikipedia (em inglês): Language of flowers [2]
Wikipedia (em inglês): Anemone [3]


sábado, 3 de outubro de 2015

Eu

Por Rosangela Brunet "O meu mundo não é como o dos outros: quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia...